Geovana Pagel
São Paulo – Em razão da situação epidemiológica mundial da Influenza Aviária, a chamada gripe do frango, a União Brasileira Aviária (UBA) recomendou a todo o setor avícola nacional uma série de cuidados sanitários. “Essas medidas não são nenhuma novidade. Essas recomendações de sanidade são contínuas”, explicou o diretor executivo da entidade, Clóvis Puperi.
“O Brasil é uma ilha de tranqüilidade. Nunca registrou nenhum caso da doença e, no caso da avicultura de corte, 80% dos produtores são integrados. Nossa preocupação maior é com as aves migratórias e os criadores independentes, de fundo de quintal”, garantiu Puperi.
Num trabalho conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enviou comunicado referente as medidas preventivas para todo o setor.
A circular diz que as visitas de brasileiros a países asiáticos devem ser restringidas ao mínimo necessário, tomando-se todos os cuidados com biosseguridade como banhos, troca de roupas e desinfecção de veículos, calçados, equipamentos e insumos.
As visitas de estrangeiros, independentemente de sua origem, estão proibidas até segunda ordem.
No caso de empresas que, por motivos de ordem comercial, necessitem receber visitas de representantes de empresas certificadoras, fornecedoras de material genético, equipamentos e insumos, provenientes de países de risco, a entrada dos visitantes deve ser limitada ao escritório da empresa e, somente após quarentena de 72 horas no Brasil, sem nenhum contato com aves e produtos avícolas nos últimos dez dias.
Esse cuidado deve ser estendido aos brasileiros quando retornarem de visitas a países de risco, sendo que a roupa e o calçado utilizado devem ser lavados e desinfetados antes do retorno ao Brasil.
Também devem-se redobrar os cuidados com a aquisição de equipamentos e insumos provenientes de países de risco e com a presença de equipes de manutenção e de assistência técnica.
A ocorrência de qualquer suspeita de enfermidades em seus plantéis, bem como adotar medidas de isolamento total da área, evitando o trânsito de aves e pessoas, deve ser comunicada imediatamente às autoridades sanitárias oficiais e à UBA.

