Da redação
São Paulo- Três consultores a serviço da Comissão Européia chegaram na última semana ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para desenvolver um projeto de cooperação econômica voltado para micro, pequenas e médias empresas.
O projeto terá recursos no valor de 44 milhões de euros, sendo que 22 milhões de euros virão da União Européia, a fundo perdido. A informação é da Assessoria de Comunicação do MDIC.
Segundo o MDIC, o programa é resultado de um acordo de cooperação assinado pelo Brasil e pela União Européia (UE) em 1992, renovado em janeiro deste ano, e tem como objetivo apoiar e aumentar a participação das exportações das micro, pequenas e médias empresas para a Europa.
Com este acordo, espera-se dinamizar ainda mais o fluxo comercial entre o Brasil e a União Européia, que no ano passado superou os US$ 30 bilhões – um crescimento de quase 10% em relação a 2002.
O projeto também irá apoiar programas de internacionalização de empresas brasileiras que comercializem produtos e serviços de maior valor agregado.
Durante 90 dias, os consultores trabalharão no MDIC, deslocando-se também para reuniões e entrevistas com parceiros atuais e potenciais do projeto, que terá duração de cinco anos.
Campos de atuação
Do lado brasileiro, o projeto está sendo preparado por um grupo de trabalho interministerial coordenado pela Secretaria de Tecnologia Industrial (STI), do Ministério do Desenvolvimento, que definiu, inicialmente, três campos de atuação como prioridade para o projeto: 1) consolidação de consórcios de exportação de micro, pequenas e médias empresas; 2) desenvolvimento e aprimoramento de serviços de informação para exportadores, como os Telecentros de Informação e Negócios; 3) qualidade dos serviços e produtos das micro, pequenas e médias empresas e sua adequação aos regulamentos e normas técnicas dos países de destino, em particular às medidas sanitárias e fitossanitárias.
Além do MDIC, fazem parte deste grupo de trabalho outras entidades, do setor público e privado, como a CNI, o Sebrae, a APEX-Brasil, o Ministério da Agricultura, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Anvisa, o BNDES e o BNB.