São Paulo – A capacidade eólica brasileira instalada em seus 108 parques alcançou 2,5 gigawatts (GW) no ano de 2012, crescimento de 73% em relação a 2011, segundo o balanço anual divulgado nesta segunda-feira (15) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, esse tipo de energia respondeu, no ano passado, por 2% da matriz elétrica do país.
Do total, o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), primeira fase de implantação da energia no País; e 1,2 GW compõe o Leilão de Reserva (LER 2009), que corresponde a uma segunda fase. Segundo a Abeeólica, 622 megawatts (MW) que fazem parte da segunda fase estão fora de operação, sem linha de transmissão, em dois parques localizados no Rio Grande do Norte e dois na Bahia.
Em média, 7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte eólica em 2012. Essa média considera residências de famílias com três moradores. Até o final deste ano, a expectativa da Abeeólica é que a capacidade instalada em todo o País chegue a 6,05 GW, alcançando até 2017 os 8,8 GW.
“Isso mostra o quanto nós estamos com um modelo de gestão eficiente de energia eólica e acaba desmistificando aquilo que se dizia no passado, de que a fonte eólica é instável, que não contribui para o sistema”, declarou a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo.

