Da redação
São Paulo – A descoberta de um caso da doença da vaca louca nos Estados Unidos deve, este ano, aumentar a produção de ovos no Brasil. Com isso, pretende-se aumentar o volume de exportação do produto Europa, Japão e Oriente Médio, segundo a Associação Paulista de Avicultura (APA).
Trinta países suspenderam a compra de carne bovina norte-americana. Até ser resolvida a crise da doença da vaca loca nos Estados Unidos, a tendência do mercado mundial é substituir a carne vermelha pelas carnes de frango, suína, peixe e ovos importados de países como o Brasil.
“Em 2004, o setor de avicultura estima aumentar 6% a produção de ovos no país em relação a 2003, quando alcançou a marca de 15 bilhões de unidades”, afirmou José Carlos Teixeira da Silva, diretor-executivo da APA.
Outro fator importante que deve provocar o aumento das exportações brasileiras do setor é a decisão da Alemanha de suspender a produção intensiva de ovos em 2005, motivada por restrições internas tais como aquelas que se reportam ao bem estar das aves, abrindo enormes possibilidades do ovo brasileiros ser importado por aquele país, bem como pela Espanha e Inglaterra, que também estudam a adoção dessas medidas.
“A extensão do problema causado pela doença da vaca louca no mercado americano ainda não podemos avaliar. Mas, com certeza, haverá um aumento no consumo mundial de ovos. Por isso, estamos nos preparando para elevar a produção brasileira, inclusive para exportar à Europa, Oriente Médio e Japão”, prevê Teixeira da Silva.
Estabilidade
Este ano, o mercado deve responder de forma positiva. A expectativa é de maior estabilidade dos custos de produção e preços mais remunerados. De acordo com Teixeira da Silva, a inflação baixa, o controle do déficit público e as perspectivas de crescimento econômico deverão incentivar o setor da avicultura a novos investimentos e ao aumento da produção.
Em 2004, o consumo per capita habitante no Brasil é estimado em 81,7 unidades, em relação a população de 173,600 milhões de brasileiros, muito baixo, se comparado aos dos países desenvolvidos cuja média é de 200 ovos por habitante ano.

