São Paulo – No que depender deles, consumidores dos mercados interno, e, a longo prazo, externo, beberão leite de búfala no café da manhã. Para os 50 integrantes da Associação dos Pecuaristas e Produtores de Leite do Vale do Ribeira (Proleite), no interior de São Paulo, o plano é começar investindo na qualidade e na produtividade. Principalmente a partir de parcerias com órgãos como o Sebrae local. De 2005 para cá, o crescimento na produção de leite foi de 500%. Isso além da comercialização de laticínios derivados, como mussarela, ricota, iogurte, queijo frescal, requeijão e manteiga. Entre as cidades do Vale do Ribeira envolvidas na criação estão Barra do Turvo, Iporanga e Eldorado.
A Proleite fechou 2009 com 450 mil litros de leite de bubalinos. E espera crescer ao menos 15% em 2010. “Podemos atingir uma expansão de até 25%”, explica o presidente da Proleite, Luiz Carlos Portella. “Fizemos um diagnóstico da situação dos produtores em 2008, junto com o Sebrae, e os resultados disso nos ajudarão a melhorar a nossa produtividade agora”, afirma.
Segundo Portella, apesar de ainda estar “engatinhando”, a associação pretende, no futuro, vender para fora do país, contexto em que os países árabes serão considerados parceiros comerciais importantes. “O potencial é muito grande para um produto de qualidade como o leite de búfala”, diz.
Segundo o produtor, tanto o leite como a carne dos bubalinos são mais ricos em proteínas e possuem menos gordura que seus similares bovinos. “Para fazer um quilo de mussarela de búfala são necessários cinco litros de leite. No caso da vaca, são dez litros para cada quilo de queijo. Isso porque o leite de bubalino é mais encorpado”, afirma.
De acordo com o gerente do escritório regional do Sebrae no Vale do Ribeira, Roberto Nunes Pupo, as possibilidades são grandes. “É só uma questão de melhorar o volume de produção”, diz. “Também há bastante mercado para os derivados do leite, como a mussarela e o requeijão feitos com o leite dos bubalinos”, explica.