Da redação
São Paulo – Começa hoje (16) a ser publicada a versão em inglês do site da ANBA, que tem como público-alvo representantes dos governos, corpo diplomático, empresários, investidores, economistas e analistas de mercado dos 22 países árabes interessados em ter acesso a notícias sobre o Brasil. Dessa forma, o principal objetivo da agência de notícias, qual seja, o de estabelecer a comunicação direta entre brasileiros e árabes, pode ser cumprido.
Por meio das parcerias com agências árabes de notícias, as matérias publicadas online também podem ser impressas em jornais e revistas, ou veiculadas em emissoras de rádio e TV destes países.
Nesse sentido, a ANBA torna-se um instrumento eficaz a serviço do estreitamento de relações comerciais com as nações árabes, que é a meta da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), do próprio poder público brasileiro e de vários setores da iniciativa privada.
De acordo com o presidente da CCAB, Paulo Sérgio Atallah, a ANBA foi criada para atuar no fortalecimento da marca do produto brasileiro no exterior. "Nas constantes viagens que faço aos países árabes, constato a falta de conhecimento dos brasileiros em relação às possibilidade de negociações naquele mercado. E o contrário também acontece", conta.
Para o ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, a agência ANBA atende a uma demanda que é a de informação, "essencial no esforço do governo brasileiro de intensificar suas relações comerciais com os países árabes".
Segundo o ministro, a agência é apenas o início desse esforço de comunicação: "Podemos, não apenas por meio de uma agência de notícias, mas possivelmente mais adiante termos um canal de TV do Brasil que possa estar entrando nos lares árabes, levando a cultura, o esporte e notícias do Brasil. E também, de uma certa forma, divulgando o desenvolvimento das relações do Brasil com o mundo árabe", afirmou.
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, concorda. "Se nós estamos buscando o intercâmbio entre essas duas culturas, entre esses dois mundos, esse intercâmbio deve se fundar, em grande medida, a partir de uma troca de informações maior, de um conhecimento maior, seja no âmbito da política, dos negócios e da vida social", disse ele.
Idéia brilhante
Entre autoridades árabes, a iniciativa de criação da ANBA também teve boa repercussão. "É uma idéia brilhante para aprofundar as relações entre o Brasil e os países árabes", afirmou o secretário-geral da União das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes, Elias Ghantous.
Na opinião de Ghantous, a informação é requisito básico para a tomada de decisões, sejam elas de negócios, de cunho social ou da vida política. "Além disso, poderia acrescentar que a informação se tornou um fator de primeira importância na própria atividade produtiva, pois sem ela é impossível alcançar técnicas de produção modernas e gerar produtos que atendam às especificações e à qualidade exigidas nos mercados doméstico, regional e internacional", disse.
E concluiu: "A promoção de negócios entre o Brasil e os países árabes poderá aumentar consideravelmente com a disponibilidade de maior comunicação entre os dois lados".