Dubai – A empresa brasileira de xarope natural Kaly vem trabalhando sua imagem nos Emirados Árabes Unidos há pelo menos dois anos. Pela segunda vez na feira Gulfood, a marca concorreu neste ano a um prêmio de sustentabilidade no Gulfood Green Awards. O prêmio reconhece o empenho de companhias que incentivam boas práticas das mais diversas formas e o xarope brasileiro que concorreu foi o Kaly de guaraná, feito do extrato da fruta brasileira. A mostra de alimentos Gulfood aconteceu em fevereiro em Dubai.
“Tenho muita oportunidade nesse mercado árabe. Já tenho dois importadores aqui nos Emirados, mas o país que tem mais potencial, justamente pelo tamanho, é a Arábia Saudita. Já exporto para lá, e tenho importador, mas estou procurando parceria com outros importadores”, contou Valeria Cristina Natal (foto acima), executiva de vendas internacionais da Distillerie Stock do Brasil (D’Stock), que tem a Kaly entre suas marcas representadas no país árabe.
Os xaropes da Kaly são usados em drinques alcoólicos e não alcoólicos, além de refrescos, preparos com café e na culinária. A marca tem 36 sabores diferentes e a executiva conta que a presença no Golfo tem ajudado a expandir os contatos para outras regiões. “Este ano tivemos mais pretensos compradores de outros países, como Rússia, Azerbaijão, Turcomenistão, Índia. Mas também muitos contatos dos Emirados Árabes, e encontrei muita gente que trabalha com África também. Há uma tendência que essa feira talvez venha a substituir outras feiras no mundo, por conta de ela estar equidistante de diversos outros países”, pontuou ela.
A brasileira recebeu, ainda, a visita de sauditas e acredita que vá expandir a presença no país em médio prazo. “Tive vários contatos bons de lá, tenho inclusive uma mulher que é distribuidora e quer fazer isso com exclusividade lá. A Arábia Saudita é o grande mercado, até porque são 40 milhões de habitantes. Fico muito honrada quando eles reconhecem meu trabalho, como mulher neste setor. E tenho certeza de que vou abrir muitos outros mercados, porque já tenho contatos no Bahrein, Catar, então me aguardem”, concluiu.
O café Meridiano também vem colhendo frutos desde sua entrada nos Emirados. “Já estávamos com o pedido fechado desde Abu Dhabi, íamos entrar somente nas redes de supermercados, porém quando trouxemos os grãos, o cliente pediu para segurar o pedido e quis fazer a distribuição exclusiva em Dubai também”, contou Renato Fasolo, gerente de exportação da marca. Ele já havia levado o produto para a feira ADIFE, em Abu Dhabi, e na sequência levou para a Gulfood.
Na exposição em Dubai, além de participar da feira, a marca realizou degustação. “Foi importante para pegar o feedback dos clientes. Também tivemos cafeterias querendo comprar o café, distribuidoras locais querendo fazer o trabalho, mas já temos isso fechado. Estamos muito contentes. A estratégia é mostrar para o mundo árabe o café brasileiro, um outro método, que não é o que eles têm. Café hoje é uma tendência global, o mercado está crescendo no mundo inteiro. As pessoas querem ter novas experiências e isso facilita a entrada de novos métodos”, afirmou Fasolo.
O objetivo da marca neste ano também é captar outros mercados do Oriente Médio e além dele. “Tivemos visitas de Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Omã. Rússia também veio em peso buscar café, alguns países na África e na Oceania. Essa feira já é global e está atraindo cada vez mais países de fora do bloco do Oriente Médio”, concluiu o empresário.