São Paulo – A ideia do negócio surgiu quando as irmãs Camila e Thaís Magalhães ainda eram pré-adolescentes. E foi, assim, meio de brincadeira, acompanhando a mãe, a artesã Alice Maria Rocha, que elas viraram as empreendedoras que hoje comandam a Incomun Arte, de Belo Horizonte (MG), fabricante de bijuterias, acessórios e itens de decoração feitos a partir de cerâmica plástica importada da Alemanha. O resultado são peças coloridas, com aquele aspecto rústico que encanta brasileiros e estrangeiros. No caso delas, as exportações são feitas para a Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal. Os países árabes estão entre os mercados a serem trabalhados no futuro.
“Minha mãe descobriu a cerâmica plástica quando o material começou a chegar ao Brasil, há mais ou menos 12 anos, principalmente com uso em molduras de quadro”, lembra Camila Magalhães. “Fomos crescendo e aprendendo a usar a cerâmica derretida, para produzir bijuterias e acessórios, num tipo de uso diferenciado”, conta.
Dessa forma, a Incomun passou a se constituir oficialmente quando Camila, hoje responsável pelo Marketing da marca, completou 18 anos. Além da produção das peças em si, a empresa ainda customizada itens como bolsas, sapatos e carteiras. Sempre com detalhes de cerâmica plástica.
No Brasil, as vendas são fortes principalmente nas cidades de praia. “Vendemos muito bem para Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco”, diz Camila. “Além do mercado paulista, que também é importante para nós”. A identificação da marca com o estilo litorâneo levou, inclusive, à abertura de uma loja própria em Paraty, no Rio de Janeiro. “Recebemos muitas propostas para a abertura de franquias, mas ainda precisamos estruturar melhor a empresa para pensar nisso”, afirma a empresária.
Já no mercado externo, a comercialização dos produtos teve o apoio de instituições como o Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro Cape), de Minas Gerais. A grife é uma das participantes do projeto Mãos de Minas. “Foi com esse suporte que mandamos produtos nossos para eventos como a feira Bisutex, de bijuterias, em Madri, na Espanha, no último mês de março”, diz Camila.
Além das vendas a partir de projetos coletivos, a empresa já exportou diretamente para a França, Itália e Portugal. Entre os itens mais bem sucedidos lá fora está a pulseira de mola. “Aquela que dá várias voltas no braço, os estrangeiros adoram”, afirma a empreendedora.
Quando o assunto envolve estrangeiros, aliás, Camila faz questão de registrar que os árabes estão no foco da Incomun. “Seria ótimo vender para esses países”, afirma. “Sabemos que o nosso colorido tem tudo para agradar os compradores com essa origem”, diz ela, à espera de mais negócios para a sua grife.
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