Riad – O ministro da Energia, Indústria e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih (foto), anunciou nesta quarta-feira (09) uma revisão para cima das reservas provadas de petróleo e gás do país, após uma auditoria independente realizada pela consultoria especializada em indústria petrolífera DeGolyer and MacNaughton (D&M), com sede nos Estados Unidos. As informações são da agência de notícias estatal Saudi Press Agency (SPA).
Segundo o levantamento, o país tinha reservas de 268,5 bilhões de barris de petróleo e de 325,1 trilhões de pés cúbicos de gás (9,2 trilhões de metros cúbicos) no final de 2017. Isso inclui as áreas sob concessão da petrolífera estatal Saudi Aramco e metade das reservas de uma área que pertence à Arábia saudita e ao Kuwait. A estimativa anunciada antes da auditoria era de 266,3 bilhões de barris de petróleo e de 307,9 trilhões de pés cúbicos de gás (8,7 trilhões de metros cúbicos) em 31 de dezembro de 2017.
Para se ter uma ideia, as reservas provadas do Brasil em 2017 eram de 12,8 bilhões de barris de petróleo e de 369,9 bilhões de metros cúbicos de gás, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As reservas em áreas sob concessão da estatal Saudi Aramco são estimadas em 263,1 bilhões de barris de petróleo e de 319,5 trilhões de pés cúbicos de gás (9 trilhões de metros cúbicos). A estimativa das reservas de petróleo foi ampliada em 2,2 bilhões de barris após a auditoria da D&M, segundo a SPA.
O ministro acrescentou que as reservas sauditas têm um dos menores custos de produção do mundo. “Esta certificação [da D&M] mostra porquê cada barril que produzimos é o mais lucrativo do mundo, e nós acreditamos que a Saudi Aramco é a companhia mais valiosa e, de fato, a mais importante do mundo”, disse ele, de acordo com a SPA.
A Arábia Saudita pretende fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Saudi Aramco. Segundo o jornal saudita Arab News, a auditoria responde uma dúvida de potenciais investidores sobre o total exato das reservas do país e da empresa.
Ainda segundo ao Arab News, o ministro disse que a IPO deve ocorrer em 2021. Ele ressaltou, no entanto, que a Saudi Aramco pretende emitir títulos de dívida ainda no segundo trimestre deste ano.