São Paulo – A Argélia terá carne de frango o suficiente para atender a demanda doméstica durante o Ramadã, segundo informações do diretor-geral do Escritório Nacional de Ração e Avicultura (Onab) do país, Mohamed Betraoui, publicadas pela Algerie Presse Service (APS), agência de notícias oficial argelina. O Ramadã é o período sagrado islâmico, no qual os seguidores da religião jejuam durante o dia e servem mesas fartas quando o sol se põe. Ele dura um mês e neste ano começará em 23 de abril.
De acordo com Mohamed Betraoui, os preços da carne de frango se manterão estáveis durante o período religioso e não devem exceder 250 dinares argelinos o quilo, o equivalente a cerca de US$ 2 pela conversão atual. Segundo o diretor-geral, a estabilidade será garantida pela abundante produção local. As medidas tomadas para garantir o abastecimento de alimentos em função do enfrentamento da covid-19 ajudarão o país a ter frango o suficiente para o consumo no Ramadã.
Em função da quarentena, a Argélia proibiu a exportação de produtos básicos, como a carne de frango, e então a produção foi toda direcionada para o mercado nacional. O país árabe, que fica no Norte da África, deixou de exportar, em função disso, 200 mil toneladas de frango para o Egito e 600 mil ovos de incubação para a Líbia, segundo a APS.
Para lidar com a covid-19, o país tomou medidas de armazenamento da produção excedente de alimentos, segundo Betraoui. No caso da carne de frango, em função do fechamento de restaurantes e estabelecimentos que serviam o produto aos clientes, o excedente foi absorvido pela Onab para impedir perdas aos produtores. As quantidades serão distribuídas em 45 pontos de vendas pelo país, evitando intermediários. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Argélia tem 1.983 casos de covid-19 e 313 mortes.