Brasília – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (03) que o ataque feito pelos Estados Unidos a um comboio no Iraque, que resultou na morte do comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, deverá impactar no preço dos combustíveis no Brasil. Bolsonaro descartou a possibilidade de tabelar o preço do produto para controlar impactos e disse que vai discutir o assunto com a equipe econômica e com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
O ataque matou também Abu Mahdi Al-Muhandis, vice-comandante das Forças de Mobilização Popular, uma milícia iraquiana apoiada pelo Irã.
O bombardeio norte-americano no Aeroporto Internacional de Bagdá pode acirrar o clima de tensão e provocar reflexos em todo o mundo. “Tive algumas informações [sobre o ataque] nessa madrugada, e vou me encontrar com o Heleno [do GSI] para me inteirar sobre o que aconteceu para, depois, emitir juízo de valor”, disse o presidente ao deixar o Palácio do Alvorada.
Apesar de admitir a preocupação com reflexos na economia do País, o governo não pretende intervir em políticas de preços dos combustíveis, como o tabelamento. “Que vai impactar, vai. Agora vamos ver nosso limite aqui, porque já está alto, e se subir mais, complica. Mas não posso tabelar nada. Já fizemos esse tipo de política de tabelamento antes e não deu certo. Vou agora conversar com quem entende do assunto”, completou.
Alta
Pouco antes das 14 horas (horário de Brasília), a cotação do barril de petróleo chegou a US$ 62,56 em Nova York, com valorização de 2,26%, e a US$ 68,10 em Londres, com avanço de 2,79%.
*Com informações da redação da ANBA