A edição deste ano da principal feira brasileira do setor supermercadista recebe representantes de diversos países, como Tunísia, Jordânia, China, Polônia, Portugal, México e Argentina. A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira organizou um estande para participantes árabes que vêm à feira com o objetivo de promover as exportações diretas para o Brasil, sem a intermediação de outros países. A Expo Abras 2004 deve movimentar cerca de R$ 9 bilhões.
Autor: Geovana Pagel
Óleo de oliva, tâmaras e vinhos serão expostos por empresários árabes em um estande exclusivo da Câmara Árabe Brasileira na feira internacional de supermercados, que começa segunda-feira no Rio. O objetivo é vender diretamente para o Brasil e acabar com as intermediações de outros países. A feira mais importante do setor deve receber cerca de 50 mil visitantes.
O consumo doméstico de água de coco em embalagem longa vida passou de 60 milhões de unidades para 120 milhões nos últimos cinco anos. Os empresários do setor começaram agora uma ofensiva para tornar o produto tipicamente brasileiro popular também no exterior.
Uma das dez empresas integrantes da Associação Friburguense das Indústrias de Confecções (Afric), no Rio de Janeiro, acaba de enviar as primeiras amostras da coleção fitness criada especialmente para o mercado árabe. O grupo já participou de três feiras na região e e mantém um representante em Dubai desde o início do ano passado.
A indústria Sipiolli, com sede em Mirassol, passou a exportar para os árabes após participar da feira de móveis Index, nos Emirados Árabes. Este ano, ela volta a fazer parte do evento, um dos mais importantes do setor, integrando o estande organizado pelo Programa Brasileiro de Incremento à Exportação de Móveis (Promóvel). A meta é aumentar ainda mais as vendas para os países da região.
A multinacional, uma das marcas da AGCO Corporation do Brasil, que conta com duas unidades fabris no Rio Grande do Sul, produz colheitadeiras e tratores. Desde 2000, passou a fazer vendas regulares para Arábia Saudita, Emirados Árabes, Iraque, Egito e Síria. A Líbia também tem feito encomendas, e já recebeu este ano 140 unidades das 200 encomendadas, informa o gerente de exportação Francisco Delamare.
Desde o ano passado, a indústria Gramazon, com sede em Rondônia, investe na participação em feiras internacionais e na parceria com a empresa libanesa B2B internacional, para iniciar as vendas de pedras ornamentais para o mercado árabe. A fábrica possui jazidas em todo o estado e no norte do Mato Grosso e investe em tecnologia para minimizar o impacto ambiental.
No ano passado, os produtores filiados à Veiling Holambra, cooperativa da pequena cidade paulista, exportaram 3,5 milhões de unidades de flores. Agora querem chegar à marca de 14 milhões. Os principais mercados são os Estados Unidos, Holanda e Portugal. Mas o Oriente Médio já está nos planos dos floricultores.
A indústria de cerâmicas, com sede em Santa Catarina, investe há quatro anos na ampliação de suas exportações para os árabes. No ano passado, faturou US$ 900 mil com vendas para a região. "Apostamos no mercado árabe muito antes desta coqueluche atual. Nossa estratégia sempre foi de a entrar para ficar”, disse à ANBA o gerente de exportações da empresa, Rodolfo Jacobsen.
Apart from having the second largest population of cats and dogs, the country produces 1.2 million tonnes of pet food, second only to the United States. In terms of revenues, the country is fifth, at US$ 1.2 billion per annum. Around 46 countries import Brazilian pet food and the market should expand, as Brazil is a large producer and exporter of cattle beef and chicken, raw materials used in the product.
Além de ter a segunda maior população de cães e gatos, o país perde apenas para os Estados Unidos em volume produzido de pet food (comida para animais de estimação), que é de 1,2 milhão de toneladas. Em faturamento, é o quinto, com US$ 1,2 bilhão anuais. Cerca de 46 países importam ração brasileira e o mercado tende a crescer, já que o Brasil é grande produtor e exportador de carne bovina e de frango, matéria-prima desses alimentos.
A General Motors do Brasil já pensa em exportar o novo modelo, com capacidade para rodar com gasolina, álcool, a mistura dos dois e gás natural, e vê os países árabes como um grande mercado em potencial. De 2002 para 2003 as exportações da GM para o Egito aumentaram quase seis vezes, passando de 894 veículos para 5.904 veículos.
Empresários dos Emirados Árabes Unidos, Líbia, Iêmen e Egito estiveram na sétima edição da Sweet Brazil. A feira, que termina hoje no Paraná, mostra as novidades do setor que movimenta mais de R$ 6 bilhões por ano no país. As nações árabes representam entre 15% e 20% das exportações do segmento.
Negócios da gaúcha Comil com os árabes já geraram 200 novos empregos. Enquanto produz os 273 ônibus comprados recentemente pela saudita Taseco, a empresa aguarda o resultado de concorrências no Catar, no Kuwait e mais uma na Arábia Saudita. Na terça-feira, a Comil recebeu a visita do gerente-geral da Taseco, Kareem Al-Saihati, que veio ao Brasil para conhecer a fábrica e avaliar os protótipos dos ônibus adaptados para o Oriente Medio.

