São Paulo – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou uma nota nesta quarta-feira (28) lamentando a decisão do Japão pela suspensão temporária das compras de carne de frango do estado brasileiro do Espírito Santo e ressaltando que a avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), enfermidade também conhecida como gripe aviária.
O Japão tomou a decisão por conta de um foco de influenza em uma ave de subsistência no município capixaba de Serra, em uma criação de fundo de quintal com pato, ganso, marreco e galinha. A ABPA afirma que a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em produção comercial.
Apesar da medida, o Japão não importa frango do Espírito Santo. O estado também não tem participação expressiva nas exportações de carne de frango do Brasil e respondeu apenas por 0,19% do total em 2022.
O foco no Espírito Santo foi a primeira ocorrência de vírus da influenza aviária em aves domésticas no Brasil desde que a enfermidade começou a ser detectada no País, no dia 15 de maio, apenas em aves silvestres e fora da produção comercial. “É importante ressaltar que a ocorrência do foco confirmado em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, informou, em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo as autoridades brasileiras, medidas sanitárias já estão sendo aplicadas para contenção e erradicação do foco. Além disso, estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região relacionada ao caso. O Mapa informou que dependendo da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas para evitar a disseminação do vírus e proteger a avicultura nacional.
Foram registrados no Brasil, no total, 50 focos de IAAP em aves silvestres. A ABPA reforçou, por meio da sua nota, que, independentemente ao fato registrado, não há qualquer risco de transmissão da enfermidade por meio do consumo de produtos, informação que é respaldada pela OMS, OMSA e órgãos de saúde humana e animal.
Foto de abertura meramente ilustrativa.
*Com informações da Agência Brasil