São Paulo – As perdas econômicas decorrentes da explosão que ocorreu em 4 de agosto no Porto de Beirute, no Líbano, giram entre US$ 6,7 bilhões e US$ 8,1 bilhões. O dado foi divulgado pelo Banco Mundial nesta segunda-feira (31) em estudo com avaliação rápida dos danos e necessidades de Beirute.
O documento estima valores de danos físicos, perdas econômicas e necessidades prioritárias para o ano civil de 2020 e o ano civil de 2021 no país árabe. Segundo o Banco Mundial, os danos físicos são de US$ 3,8 bilhões a US$ 4,6 bilhões, sendo os setores de habitação e cultura os mais afetados nesta análise.
Já os prejuízos econômicos decorrentes da explosão vão de US$ 2,9 bilhões a US$ 3,5 bilhões. Aqui, as principais perdas se dão no setor da habitação, seguido por transporte e cultura. Por fim, as necessidades prioritárias de recuperação e reconstrução identificadas são de US$ 1,8 bilhão a US$ 2 bilhões, sendo o mais atingido o setor de transporte, seguido por cultura e habitação.
O relatório inclui uma avaliação preliminar de perdas econômicas causadas pela destruição de capital físico, interrupções comerciais que elevam custos de transação do comércio externo e a perda de receitas fiscais e de outras isenções fiscais aprovadas pelo governo. Entre as recomendações do Banco Mundial para reconstruir um Líbano com base nos princípios de transparência, inclusão e responsabilidade estão a criação de uma estrutura para Reforma, Recuperação e Reconstrução (os ‘3Rs’). A estrutura dos 3Rs combina intervenções de recuperação e reconstrução centradas nas pessoas.
Novo primeiro-ministro
O Líbano enfrenta, ainda, uma grave crise política. Após a explosão, diversas figuras do governo, incluindo o próprio primeiro-ministro do país, Hassan Diab, anunciaram que deixariam seus cargos. Nesta segunda-feira (31), depois de uma consulta de votos de parlamentares, o presidente do Líbano, Michel Aoun, convocou Mustapha Adib ao cargo de primeiro-ministro designado.
O premiê terá, agora, que formar o novo governo. Em fala à National News Agency (NNA), agência de notícias oficial do país, Mustapha Adib, agradeceu ao presidente libanês por sua confiança e declarou que escolheria uma equipe de trabalho harmoniosa para conduzir as principais reformas.
Na foto acima, o novo premiê (à esq.) é recebido por Hassan Diab, que deixou o cargo neste mês.