São Paulo – Para celebrar os 50 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e o Kuwait, a embaixada brasileira no país do Golfo presenteou a Biblioteca Nacional do Kuwait (NLK, na sigla em inglês) com 302 livros de autores brasileiros em português, espanhol e inglês. Os gêneros incluem história do Brasil e mundial, economia, relações internacionais, geografia, literatura, turismo, tradições e cultura brasileira.
Os livros pertenciam à coleção da embaixada e foram doados em uma solenidade nesta quarta-feira (19), na Biblioteca Nacional, com a presença do embaixador brasileiro no Kuwait, Norton Rapesta (na foto, à esq.), e do diretor geral da Biblioteca Nacional do país, Kamel Sulaiman Al-Abduljalil (na foto, 2º da esq. p/ dir.), que elogiou a iniciativa, segundo nota enviada à ANBA pela conselheira Cláudia Assaf, responsável pelos setores Cultural, de Imprensa e de Promoção Comercial da representação diplomática brasileira. De acordo com o comunicado, Al-Abduljalil ressaltou a importância dos livros para qualquer sociedade como forma de aprender sobre a história e a cultura de outras sociedades e, assim, desenvolver a tolerância perante diferentes nações.
Durante o evento, Rapesta fez uma palestra falando curiosidades sobre o Brasil, com informações sobre história, literatura, turismo, dados de comércio e exportações para o Kuwait, investimentos, e a multiplicidade de origens do povo brasileiro, destacando a influência da cultura árabe na formação da identidade brasileira, que influencia em costumes gastronômicos, na língua portuguesa, entre outros aspectos.
O embaixador do Brasil afirmou que “embora os dois países tenham desenvolvido excelentes relações diplomático-comerciais e profunda amizade, ambos ainda têm o potencial de elevar essas relações a um novo patamar”.
Também esteve presente o embaixador kuwaitiano Faisal Rashed Al-Ghais, que chefiou a embaixada do Kuwait no Brasil de 1986 a 1992. Al-Ghais fala português fluentemente, pois aprendeu quando viveu em Brasília, e no evento manifestou sua admiração pelo País e afirmou ser parcialmente brasileiro por ter se identificado com a sociedade brasileira. Ele destacou ainda o apoio dado pelo governo e pelo povo brasileiro ao Kuwait durante a invasão do seu país pelo Iraque, em 1991.
O diretor-geral Al-Abduljalil manifestou ao embaixador Rapesta o interesse em desenvolver parcerias entre a Biblioteca Nacional do Kuwait e a entidade brasileira homóloga – a Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro – para aprofundar o conhecimento mútuo das duas sociedades por meio dos livros.
Al-Abduljalil convidou pesquisadores e o público em geral a visitarem a Biblioteca especialmente durante esta semana, quando os livros brasileiros ficarão em exposição na entrada da NLK por sete dias.