São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira começa nesta sexta-feira (15) a levar adiante uma série de ações na Síria com o objetivo de abrir mais mercado para os produtos brasileiros. Uma delas é a participação na Feira Internacional de Damasco, que inicia hoje na capital do país árabe, e que terá estande da entidade. A partir de segunda-feira (18) a Câmara Árabe também promove, juntamente com a Embaixada do Brasil em Damasco, uma missão empresarial, com foco no setor de máquinas e eletrônicos.
A participação brasileira na mostra ocorrerá em um estande de 54 metros quadrados. A coordenadora de Comércio Exterior da entidade, Francisca Barros, estará no local para dar informações sobre a produção brasileira aos importadores sírios e prospectar mercado para as indústrias nacionais. Ela levou ao país catálogos promocionais de empresas brasileiras interessadas em entrar no mercado local. O Brasil é um dos 50 países que estarão representados na Feira Internacional de Damasco, que ocorre até o dia 22 de agosto.
A missão ocorre até o dia 21 e contará, além de lideranças e profissionais da Câmara Árabe, com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Maquinário e Equipamentos (Abimaq) e da Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica (Abinee). “O potencial do mercado sírio é para matérias-primas e bens de capital, não produtos acabados”, diz o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, que integrará a missão. O país árabe impõe algumas restrições para importações de produtos finais.
Alaby lembra que a economia síria vem crescendo e que tem indústrias – demandantes de máquinas e insumos – em setores como têxtil, móveis e alimentos. “A indústria da Síria tem necessidade de aumentar a sua produtividade. Isso ocorre também na agricultura”, diz o gerente de Desenvolvimento de Mercados, Rodrigo Solano, que também integrará a missão pela Câmara Árabe. Os materiais eletrônicos que serão apresentados também serão voltados para produção e infra-estrutura, como motores e transformadores, segundo Alaby.
Exatamente por conhecer o mercado local que a Câmara Árabe convidou a Abimaq e a Abinee para a missão. “Já existe a percepção de que o Brasil é fornecedor destes produtos, mas a participação brasileira nestes setores, na Síria, ainda é pequena diante do potencial que existe”, diz Solano. Além de Alaby e Solano, vão integrar a missão o diretor da Câmara Árabe, Sami Roumieh, o vice-presidente da Abimaq, Carlos Nogueira, e o diretor de Grupos de Produtos da Abinee, Niels Kleer.
Eles terão contatos com representantes do setor privado e do governo na Síria. A programação inclui desde visita à Federação das Câmaras de Comércio da Síria, organização da Feira Internacional de Damasco até Ministério da Economia, entre outros locais. A intenção é apresentar, na maioria dos encontros, o potencial da indústria brasileira de máquinas e eletro eletrônicos. Também está programada uma visita à Cristalsev, usina de açúcar feita no país árabe com participação de capital brasileiro.