Dubai – O secretário-geral e CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, reuniu-se com a diretora-executiva do Conselho de Exportação de Alimentos do Egito, May Khairy, durante a feira Gulfood, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 13 a 17 de fevereiro. A reunião também contou com a presença da responsável pelo setor de exposições do conselho egípcio, Heba Soheil, e da diretora de Relações Internacionais e dos Escritórios Regionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar.
O grupo discutiu maneiras de melhorar a cooperação econômica e facilitar o comércio entre o Brasil e o Egito, especialmente após o aumento expressivo no intercâmbio comercial entre os dois países no ano passado. A balança comercial Brasil-Egito cresceu 30% em 2021 sobre 2020 e ficou em US$ 2,5 bilhões, com as exportações do Egito avançando mais de 150% e ficando pela primeira vez acima de US$ 500 milhões.
Eles falaram sobre um possível aumento da participação egípcia nas feiras de alimentos que ocorrerão nos próximos meses no Brasil, para que os empresários conheçam o mercado brasileiro e as necessidades dos consumidores, e descubram oportunidades nos mercados latino-americanos. Mansour disse que há produtos egípcios de qualidade, como azeitonas, azeites, sorvetes, plantas medicinais e aromáticas, que encontrarão espaço no mercado paulista.
Ele também falou sobre a disposição das empresas brasileiras de explorar o mercado egípcio. Segundo Mansour, a Câmara Árabe busca atrair companhias brasileiras de alimentos para participar nas feiras no Cairo, como a Food Africa, em cooperação com o conselho. O objetivo é que elas conheçam as necessidades do mercado egípcio e africano. Ele disse que a abertura do escritório da Câmara Árabe no Cairo ocorreu porque o Egito é porta de entrada para mercados africanos, além de ser um mercado grande e promissor, no qual os brasileiros querem entrar.
Khairy felicitou Mansour pela abertura do escritório e elogiou a cooperação e a troca de dados e experiências feitas para facilitar o comércio entre empresas egípcias e brasileiras de alimentos. Segundo ela, o conselho está interessado nos mercados latino-americanos e nas oportunidades para empresas egípcias, para obter o máximo benefício do Acordo de Livre Comércio Egito-Mercosul. Khairy destacou a importância da cooperação entre o conselho e a Câmara Árabe para alcançar os interesses das empresas e facilitar o comércio de alimentos entre os países.
A executiva contou ao secretário-geral que as indústrias alimentícias egípcias obtiveram no ano passado um aumento expressivo nas exportações, de mais de 19%, passando para US$ 4,1 bilhões, apesar dos desafios e das dificuldades de movimentação do comércio internacional devido à pandemia de covid-19.
*Traduzido do árabe por Ahmed El Nagari