São Paulo – O grupo alimentício BRF anunciou semana passada que irá retomar as atividades da planta de Carambeí, no Paraná, no início de setembro. A unidade exportava cerca de 6.500 toneladas de produtos de frango para a Arábia Saudita ao mês, antes de o governo saudita reduzir os embarques brasileiros, segundo informou o jornal Arabian Business.
A unidade exporta predominantemente para os mercados do Oriente Médio. A planta foi fechada no final de maio em uma ação para equilibrar oferta e demanda.
A BRF já deu início à incubação dos ovos em Carambeí, a primeira etapa do processo de criação das aves. Semana passada, a empresa iniciou o envio dos primeiros lotes de pintinhos ao campo. Cerca de 24 produtores integrados estão recebendo aproximadamente 1 milhão de aves, que estarão com o peso adequado para o abate em 28 dias.
A atividade industrial de Carambeí recomeça em 02 de setembro com a retomada de duas linhas de frango. A terceira linha de produção voltará a operar em outubro, completando o pleno funcionamento da unidade. “Esse período foi importante para normalizar os estoques da companhia e otimizar a gestão da oferta para assegurar o equilíbrio do nosso sistema produtivo”, afirmou Rubens Modena, diretor regional do Paraná da BRF, em nota.
Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, e encerrou o segundo trimestre de 2019 com um lucro de R$ 191 milhões (US$ 48 milhões). O resultado veio de maiores receitas derivadas nos mercados interno e externo, combinadas com um desempenho operacional e comercial mais robusto.
Em janeiro, a empresa anunciou que planejava restaurar as exportações de frango para a Arábia Saudita para os níveis anteriores, depois que uma de suas fábricas perdeu a certificação para exportar para o reino. A empresa está em negociação para produzir frango no país árabe, também segundo o Arabian Business.