São Paulo – As exportações brasileiras de bens de capital mecânicos somaram US$ 824,26 milhões em agosto, uma redução de 2,6% sobre julho e de 15,7% em relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano, as vendas externas renderam US$ 6,1 bilhões, um recuo de 5,1% em comparação com o período de janeiro a agosto de 2018, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (24) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
“A queda nas exportações tem forte relação com a redução no ritmo de crescimento das principais economias mundiais”, disse a entidade, em nota, destacando a continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China, “e problemas em diversos países da Zona do Euro”, além da recessão na Argentina, “um dos principais parceiros comerciais do Brasil”.
Na outra mão, as importações de máquinas e equipamentos ultrapassaram os US$ 2 bilhões em agosto, um aumento de 23,7% sobre julho e de 59,6% em comparação com agosto de 2018. No acumulado do ano, as compras externas totalizaram US$ 11,5 bilhões, um crescimento de 17,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a Abimaq, as importações em 2019 começaram a crescer de forma mais intensa a partir de maio e em setores específicos, como os de componentes para geração de energia, e válvulas, tubulações e equipamentos de sondagem para o setor de exploração de petróleo e gás.
A associação aponta um aumento de 9,9% na receita líquida do setor em agosto em relação a julho, porém, uma redução de 2% em comparação com agosto do ano passado. No acumulado do ano, o faturamento cresceu 1,1% sobre o período de janeiro a agosto de 2018. As vendas cresceram no mercado nacional, mas caíram no internacional.
A entidade informa ainda que a previsão de crescimento de 5% do setor este ano como um todo não vai se confirmar. A expectativa agora é de um avanço de 1%.