São Paulo – O diretor geral da rede de lojas de departamento Almoosa, da Arábia Saudita, esteve na 50ª edição da Feira Internacional de Moda em Calçados e Acessórios (Francal) nesta quarta-feira (18), no Expo Center Norte, em São Paulo. Mohammed Al-Mousa contou à ANBA que esta é a quinta vez que participa do evento e que os calçados brasileiros representam 60% dos vendidos em suas mais de trinta lojas pelo país árabe.
Do total comprado pela marca no Brasil, 85% são modelos masculinos, e apenas 15% femininos. As marcas nacionais com que a Almoosa trabalha são Sapatoterapia, Democrata, Ramarim e Pegada, e o diretor afirmou que espera na feira conhecer novas marcas, aumentar o volume de negócios e começar a comprar também sapatos infantis.
“Trabalhamos com os calçados brasileiros há mais de dez anos e gostamos muito, porque as coleções estão sempre em dia com as tendências da moda mundial, além de os sapatos serem confortáveis e terem ótimo preço e qualidade”, disse Al-Mousa, que também compra calçados da Itália, Alemanha e Portugal.
O analista de exportação da Sapatoterapia, Gustavo Figueiredo, disse que a Almoosa é uma grande cliente e parceira de negócios, e que além da loja saudita, tem outros clientes árabes no Oriente Médio. “Na Arábia Saudita temos a Almoosa e a Florina Shoes, e fazemos negócio com eles já há uns dez anos; nos Emirados temos também três clientes, e em Omã, um cliente”, contou Figueiredo.
Segundo ele, os árabes compram cerca de 40% dos produtos exportados pela Sapatoterapia, e o maior importador da marca hoje é um cliente dos Emirados Árabes. A marca de Franca, do interior de São Paulo, vende somente sapatos masculinos e atualmente 60% de sua produção vai para o mercado externo, para cerca de 80 países.
Já a marca de calçados infanto-juvenis Kidy vende para mais de 40 países e tem clientes árabes dos Emirados, Bahrein e Catar, que representam cerca de 40% do total exportado pela marca. Os Emirados são o principal comprador em volume; já em faturamento, Argentina e Bolívia lideram as compras.
“Somos associados à Câmara de Comércio Árabe Brasileira e isso nos dá uma certa força, porque quando dizemos que somos membros isso tem uma relevância, e temos fomentado bons negócios no Oriente Médio nos últimos três anos”, disse Rodrigo Nunes Esteves, gerente de exportações da marca.
Esteves contou ainda que, nas exportações, a marca tem obtido um crescimento anual de cerca de 30% ao ano desde 2014, e que espera manter esse crescimento para os próximos anos.
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Egito
Dina Dargham, secretária do Cônsul do Egito em São Paulo, esteve presente na Francal como representante da Embaixada do Egito no Brasil. Ela veio para incentivar as marcas brasileiras a comprar a matéria-prima egípcia, e também para convidá-las a abrir filiais nas zonas francas egípcias, que dão uma série de benefícios e isenção de impostos.
“O Egito já importa muitos sapatos do Brasil, e estamos apresentando aqui algumas opções de matéria-prima que o país oferece, como algodão, seda, couro de crocodilo e de burro. Além disso estamos divulgando as zonas francas egípcias, pois pode ser um bom negócio para as empresas calçadistas finalizarem seus produtos em nosso país”, contou Dargham.
A Francal vai até esta quinta-feira (19) no Expo Center Norte, que fica na rua José Bernardo Pinto, 333, em São Paulo. Para mais informações, acesse o site da feira.