São Paulo – As relações comerciais entre o Brasil e os países árabes foram tema de palestra de Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, para cerca de cinquenta estudantes do primeiro semestre do curso de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (30), em São Paulo.
Na ocasião, falaram também o diretor da Câmara de Comércio Afro-Brasileira (Afrochamber), Valdemar Camata, sobre as relações entre o Brasil e o continente africano, e o cônsul comercial do Egito em São Paulo, Mohamed Elkhatib, sobre negócios, investimentos e turismo no Egito, bem como o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o país árabe do Norte da África.
A palestra começou com a fala de Camata, abrangendo todo o continente africano, depois falou Mansour, sobre os países árabes, e por fim falou Elkhatib, sobre o Egito.
“Eu falei sobre as negociações com os árabes e frisei a importância do mundo árabe para o Brasil, do Egito para os Árabes e do Egito para o Brasil, bem como a importância de acordos internacionais, dando o exemplo do acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito, que ampliou os negócios do país com a nossa região”, contou Mansour.
O secretário-geral falou ainda sobre o papel da Câmara Árabe no fortalecimento das relações comerciais e dos laços culturais entre os árabes e o Brasil. Ele comentou sobre a juventude no mundo árabe e sobre a liderança da mulher árabe. “Os jovens de 18 a 30 anos são a geração que mais vai realizar negócios no mundo árabe, e é importante entender também que a mulher árabe tem liberdade de realizar negócios e assumiu um papel de liderança em muitos países da região”, disse Mansour, dando como exemplos a embaixadora dos Emirados Árabes Unidos em Brasília, Hafsa Abdulla Sharif Alulama, e a nomeação da primeira mulher para a embaixada da Arábia Saudita em Washington (EUA), Reema Bint Bandar.
O cônsul Elkhatib respondeu a uma pergunta sobre o papel do Egito na nova Rota da Seda, iniciativa global promovida pela China. “O Egito continua sendo parte da Rota da Seda da China para a Europa, estamos no meio do caminho entre as duas potências econômicas”, informou à ANBA.
Mansour convidou os estudantes a visitar a sede da Câmara Árabe, na Avenida Paulista, e principalmente, a biblioteca, que conta com um acervo de cerca de dois mil livros em português, árabe, espanhol e inglês. “Eu gostaria que a Câmara Árabe se tornasse uma referência para os estudantes de Relações Internacionais no que diz respeito aos países árabes”, declarou.
Elkhatib contou que ao final os alunos presentearam os palestrantes com um livro sobre a história da FGV.