São Paulo – Cavalos de criadores árabes foram premiados em etapa do Campeonato Mundial do Cavalo Árabe que ocorreu no Helvetia Riding Center, na cidade paulista de Indaiatuba, entre o domingo (13) e a segunda-feira (14). Foi uma competição em que o Catar, além de participante, foi grande protagonista, já que o país é o promotor e o patrocinador do campeonato, que é chamado em inglês de Global Champions Arabians Tour (GCAT). A competição reuniu no Brasil cavalos árabes de vários países.

Os animais do haras Al Kaisar Stud, que é do jordaniano Mohammad Issam Hijazi e fica no Uruguai, ganharam vários prêmios. A égua ALK Acuarella foi Silver Champion Yearling Filly e a égua ALK Merlina foi Gold Champion Junior Filly. Também do jordaniano, a égua Chiarah Serondella levou o Gold Yearling Filly e o cavalo FAM Apollo foi Silver Champion Junior Colt. Além disso, a égua ALK Luna, do haras Al Kaisar Stud, foi ouro na competição de éguas da Exposição Nacional do Cavalo Árabe.
O mundial integrou a Exposição Nacional do Cavalo Árabe e teve suas provas alguns dias antes do GCAT, também no Helvetia Riding Center. No certame global a Arábia Saudita foi outro país árabe que conseguiu destaque. O haras Akmal Stud, de Abdulmajed Al Saud, teve o cavalo TM Emperor entre os ganhadores da etapa brasileira do Campeonato Mundial do Cavalo Árabe, como Gold Champion Júnior Colt, segundo a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA).

“Nós somos privilegiados em receber uma etapa desse campeonato mundial, é a primeira vez que acontece isso no Brasil e nas Américas”, disse para a ANBA o presidente da ABCCA, Francisco Vilaró Carrasco, conhecido como Paquito. A ABCCA é promotora da exposição nacional e Paquito esteve em Indaiatuba com o Sheikh Mohammed bin Nasser Al Thani, vice-CEO do Campeonato Mundial do Cavalo Árabe ou GCAT, que prestigiou o evento no Brasil.
O circuito internacional é dedicado à valorização do cavalo árabe. “Eles gostam de promover o cavalo árabe como cultura deles”, explica Paquito sobre os países árabes. Segundo o presidente da ABCCA, o cavalo árabe era usado para atravessar desertos e se tornou muito rústico e próprio para as adversidades. “Ele precisava transportar os beduínos no deserto por longas distâncias, com pouca água, muito calor, então ele devolveu essa habilidade, é um cavalo muito resistente”, afirma.

Diferente das corridas de cavalo, nas quais é vencedor o animal que corre mais rápido, na exposição de raça são avaliadas as características dos cavalos e das éguas, como a beleza, o porte, a musculatura, os aprumos, entre outras propriedades. Os ganhadores da etapa do mundial no Brasil, tanto ouro como prata e bronze, podem participar da final do GCAT, que ocorrerá em Doha, no Catar, em dezembro deste ano, segundo a ABCCA.
O vice-presidente de Relações Internacionais e secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Mohamad Mourad, acompanhou parte da competição em Indaiatuba. Também estavam presentes outras autoridades e representantes de países árabes, como o embaixador do Catar no Brasil, Ahmad Mohammed Ali Mohamed Alshebani; o cônsul dos Emirados Árabes Unidos em São Paulo, Abdalla Shaheen; o cônsul-geral do Catar em São Paulo, Almuhannad Al-Hammadi; acompanhado do cônsul Khalifa Alsada.


