Brasília – A queda nas importações em ritmo maior que a redução das exportações fez a balança comercial registrar superávit recorde em setembro. No mês passado, o Brasil exportou US$ 6,164 bilhões a mais do que importou, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.
Tanto as exportações como as importações caíram no mês passado. Em setembro, o país vendeu US$ 18,459 bilhões para o exterior, com recuo de 9,1% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações, no entanto, caíram mais, somando US$ 12,296 bilhões, redução de 25,5% também pela média diária.
Com o resultado de setembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 42,445 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica para o período, perdendo para janeiro a setembro de 2017 (superávit de US$ 53,258 bilhões). No acumulado de 2020, as exportações somam US$ 156,780 bilhões, retração de 7% na comparação com o mesmo período de 2019 pela média diária. As importações totalizam US$ 114,336 bilhões, recuo de 14% pelo mesmo critério.
A maior parte da alta do saldo em setembro é explicada pela queda da importação da indústria de transformação e da indústria extrativa. Do lado das exportações, as vendas da indústria de transformação caíram. Em contrapartida, as vendas da indústria extrativa e da agropecuária aumentaram.
Entre os produtos que puxaram o crescimento das exportações agropecuárias, os destaques foram o café não torrado e os animais vivos. Na indústria extrativa, subiram as exportações de minério de ferro. As exportações de óleos brutos de petróleo continuam a cair. Na indústria de transformação, as maiores quedas foram registradas em plataformas de petróleo, óleos combustíveis e tabaco.