São Paulo – O Indicador de Confiança do Consumidor aumentou 12% em dezembro de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, ao alcançar 45,8 pontos. Em dezembro de 2017, o índice estava em 40,9 pontos, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta quinta-feira (17). Mesmo com a elevação, a taxa mostra que a maioria dos consumidores ainda está pessimista, já que a escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista.
Quando avaliado o cenário econômico atual e da própria vida financeira dos consumidores, sete em cada dez brasileiros (72%) enxergam o momento da economia de forma negativa. As principais razões apontadas são desemprego elevado (63%), aumento dos preços (59%), alta na taxa de juros (38%), desvalorização do real frente ao dólar (25%) e menor poder de compra do consumidor (22%). Para 25%, o quadro econômico é regular e apenas 2% consideram bom.
Quanto à vida financeira, 40% dos brasileiros avaliam sua situação como negativa, enquanto 47% classificam como regular e somente 12% como boa. Para quem compartilha da visão negativa, o alto custo de vida é a razão mais citada, por mais da metade (55%) desses entrevistados. O desemprego aparece segundo lugar (40%), ao passo que 24% culpam a queda da renda familiar.
“Mesmo diante de uma situação em que a maior parte dos consumidores avalia como ruim, as boas expectativas se mantêm para o futuro. Mas, para que a retomada da confiança se consolide, será preciso que o consumidor sinta alguma melhora no momento atual, com o aumento da oferta de vagas de emprego e o avanço da sua renda”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo ela, o achatamento da renda e o alto índice de desemprego continuam impactando o bolso do consumidor, fazendo com que a avaliação do momento atual seja negativa.