São Paulo – O Brasil está mostrando ao mundo a diversidade dos alimentos que produz durante a Expo 2020 Dubai, que ocorre nos Emirados Árabes Unidos desde outubro deste ano até março do ano que vem. O projeto Brazilian Gastronomy leva um cooking show a cada mês para o pavilhão brasileiro na exposição universal, com chefs nacionais preparando pratos a partir de ingredientes brasileiros, que vão desde os peixes do Centro-Oeste até a farinha de tapioca do Nordeste.
A primeira edição ocorreu em novembro com a chef Luciana Berry (foto acima) fazendo comidas do Pantanal. A próxima acontece na terça-feira (07), às 16 horas, quando Ian Baiocchi vai cozinhar a partir de alimentos do Cerrado. Cada performance pode ser acompanhada e os pratos degustados por um grupo de convidados de cerca de 50 pessoas, que inclui influencers, jornalistas, blogueiros e representantes de hotéis e restaurantes, chefs que atuam na região, entre outros.
A promotora da ação é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Vão ocorrer seis cooking shows até o final da Expo 2020, cinco com ingredientes vindos dos biomas brasileiros Pantanal, Cerrado, Amazônia, Caatinga e Pampa, e um tendo como base a mandioca, que é cultivada e consumida Brasil afora. Entre os biomas do Brasil, só não entrou a Mata Atlântica.
Os chefs selecionados receberam o desafio de fazer pratos com ingredientes típicos das regiões que têm esses biomas e incluir nas receitas algo da culinária dos Emirados Árabes Unidos, mostrando como é possível usar os alimentos produzidos no Brasil no dia a dia de outros países. De acordo com informações da Apex-Brasil, o objetivo é mostrar a biodiversidade do Brasil, esclarecer a origem e os benefícios dos alimentos produzidos e promover as exportações de alimentos e bebidas do País.
Segundo a Apex-Brasil, a primeira experiência resultou em muita curiosidade das pessoas sobre a origem do que estavam consumindo e por conhecer os processos de produção dos pratos. Luciana Berry preparou caldo de um peixe de água doce, o tambaqui, para servir com mandioca, e uma vitela com purê de banana, além de um pudim de mandioca com calda de nozes como sobremesa.
Logo depois do cooking show, às 18 horas, são feitas no espaço apresentações de músicas e danças típicas da região que é foco do projeto naquele dia. As paredes do pavilhão do Brasil costumam ser iluminadas com imagens e transmissão de vídeos no final do dia e isso também é feito nos dias da ação culinária, tendo como tema as danças e músicas regionais. Também são feitos shows presencialmente com esse foco.
Luciana Berry e o Brasil
A chef que fez o primeiro cooking show mora no Reino Unido, onde trabalha especialmente com ingredientes brasileiros. Ela é considerada embaixadora da cozinha e da cultura brasileira entre os britânicos. Na Expo 2020, Berry falou sobre a riqueza dos sabores de alimentos e temperos brasileiros, e contou que a gastronomia no Brasil é multicultural, com influências de vários continentes. Ela também dividiu um pouco da sua trajetória.
Depois da edição de dezembro com Ian Baiocchi, quando serão apresentadas quadrilhas como show artístico, a próxima performance será em 31 de janeiro, com o chef Rodrigo Oliveira cozinhando a partir do bioma da Caatinga. A dança será o frevo. Em fevereiro ocorrem duas edições, uma com data a definir e o trabalho do chef Thiago Castanho explorando ingredientes da Amazônia, seguida de apresentação de Siriá, e outra no dia 23, também com Castanho fazendo receitas a partir da mandioca, e com samba de gafieira para concluir. A última acontece em 17 de março, com o chef Guga Rocha, que vai preparar pratos do Pampa. A dança será o Vanerão.