Brasília – O setor público brasileiro consolidado, formado pela União, estados, municípios e empresas estatais, teve déficit primário de R$ 13,008 bilhões no mês passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central (BC). Em maio de 2018, o resultado foi negativo em R$ 8,224 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros da dívida pública.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado em maio de 2018 foi melhor porque houve o retorno aos cofres públicos de R$ 3,5 bilhões, saldo remanescente do Fundo Soberano extinto naquele mês. “Essa receita não se repetiu agora e isso explica o déficit maior em maio desse ano”, explicou.
De janeiro a maio, o setor público acumula superávit primário de R$ 6,966 bilhões, resultado melhor do que o déficit de R$ 933 milhões registrado em igual período de 2018. Esse é o melhor resultado para o período desde 2015, quando houve superávit primário de R$ 25,5 bilhões.
De acordo com Rocha, a melhora no acumulado deste ano se deve ao maior controle das despesas públicas, verificado em todas as esferas de governo. Os governos regionais (estados e municípios) tiveram superávit de R$ 19,132 bilhões nos cinco primeiros meses desse ano, contra R$ 12,861 no mesmo período de 2018.
A meta para o setor público consolidado é de um déficit primário de R$ 132 bilhões neste ano. Com o resultado negativo em maio, houve aumento no déficit primário acumulado em 12 meses, chegando a R$ 100,359 bilhões. Isso representa 1,44% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.