Rio de Janeiro – O setor público vai fechar o ano de 2019 com déficit primário entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, valor abaixo da meta inicial do governo, que era de R$ 132 bilhões, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida Junior (foto), ao participar nesta sexta-feira (08) do seminário Reavaliação do Risco Brasil, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
De acordo com Mansueto, o resultado é explicado por ajustes em empresas estatais e pela não assinatura de acordos de recuperação fiscal com estados em desequilíbrio, pois o setor público inclui governo federal, estados, municípios e empresas estatais. Outro fator que contribuiu para a queda no déficit foi a redução dos juros básicos do país, a Selic, que baixou para 5%.
“O déficit primário estimado era em torno de 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto), a gente vai terminar o ano com déficit primário perto de 1% do PIB” disse o secretário. “Tem uma notícia muito boa da conta dos juros, porque os juros que o setor público paga estão despencando, a queda foi muito mais rápida do que todo mundo esperava. Isso favorece muito as contas fiscais, porque como a dívida do Brasil é curta, então aparece muito rápida no financiamento da dívida. Nos próximos 12 meses, 20% da dívida vence e vai ser refinanciada com juros menores”, acrescentou.