São Paulo – A queda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor do petróleo em 2024 e receitas menores com a exploração desta commodity não afetarão o crescimento e os projetos da Arábia Saudita para os próximos anos, indicou uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada nesta segunda-feira (4). No documento, assinado pelo Conselho Executivo da instituição, o fundo prevê que o PIB não petrolífero saudita deverá crescer 3,5% no médio prazo e que o PIB do País alcançará alta de 3,6% neste ano e de 3,9% no ano que vem.
De acordo com a avaliação do FMI, a Arábia Saudita tem demonstrado resiliência a choques externos “à medida que sua diversificação econômica avança”, em referência ao Plano 2030, que prevê o investimento em diversos setores da economia para reduzir a dependência do petróleo. O documento cita como fatores que impulsionam o crescimento saudita o consumo interno e projetos do governo, além dos desempenhos de varejo, construção e hospitalidade.
“O desemprego entre os cidadãos sauditas atingiu um nível [mínimo] recorde, com as taxas de desemprego entre jovens e mulheres reduzidas pela metade em quatro anos. A conta corrente passou de um superávit de 2,9% do PIB para um déficit de 0,5% do PIB em 2023, cada vez mais financiada por empréstimos externos e pela redução da acumulação de ativos estrangeiros”, destacou a pesquisa entre pontos positivos – a redução do desemprego – e pontos de atenção, como o déficit em conta corrente, que deverá ser ampliado para 2,6% neste ano e 3% no ano que vem.
O fundo elogiou, ainda, os esforços em aumentar a transparência fiscal e avaliou que o sistema bancário é sólido e lucrativo, com baixas “vulnerabilidades sistêmicas”. O FMI pontuou, também, que a inflação está contida e disse que, apesar de déficit em suas contas e uma elevada incerteza, a perspectiva para o crescimento e o desenvolvimento do país permanece “favorável”.
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