São Paulo – A economia do Djibuti, país árabe da África, deve crescer 6% neste ano, após avanço de 5,5% no ano passado. A projeção é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e faz parte de relatório sobre o país, que aponta avanços realizados, como a execução da estratégia de posicionar o Djibuti como centro regional de comércio e logística, e desafios existentes, como as altas taxas de desemprego e de pobreza.
“Combinada com as reformas para melhorar o ambiente de negócios, essa estratégia impulsionou uma forte expansão econômica”, disse o organismo sobre a transformação do país em centro de logística e comércio.
O Djibuti cresceu 7,7% em 2015, 6,9% em 2016 e 5,1% em 2017. O crescimento do ano passado, de 5,5%, significou um avanço sobre o ano anterior, portanto. Para este ano e para os cinco anos seguintes, o FMI projeta crescimento econômico de 6%. “Prevê-se que o crescimento permaneça forte no médio prazo”, diz o organismo.
O déficit fiscal, que é a diferença entre o que país arrecada e gasta, diminuiu significativamente nos últimos anos. O valor representava 15% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e caiu para 2,5% do PIB no ano passado, impulsionado principalmente por redução de gastos, de acordo com o FMI.
A dívida pública, porém, permanece alta. Ela saiu de US$ 1,2 bilhão em 2015 para US$ 2 bilhões no ano passado. A previsão do organismo é que ela aumente para US$ 2,2 bilhões neste ano e siga crescendo nos anos seguintes. O conselho executivo do FMI enfatiza a necessidade de abordagem em várias frentes para reduzir a dívida e garantir sua sustentabilidade, combinada com a aceleração de reformas estruturais.
O conselho saudou o forte crescimento econômico do Djibuti, a inflação baixa o ambiente de negócios aprimorado, mas ressaltou a necessidade de mobilizar recursos para criar espaço para a redução da pobreza e a redução da dívida pública. O FM sugeriu a melhoria da cobrança de impostos e da administração aduaneira, além esforços do Djibuti para reduzir isenções fiscais. O organismo se prontificou a capacitar o país na área.