São Paulo – A DP World divulgou seus resultados de 2018 nesta quinta-feira (14) e disse que a consolidação das operações em Santos compensou o desempenho fraco das suas atividades em Buenos Aires, na Argentina. A operadora portuária de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é dona da DP World Santos (foto acima), um dos maiores terminais portuários privados do Brasil, que fica no Porto de Santos, no litoral paulista.
A companhia divulga juntos os resultados obtidos nas Américas e Austrália. Nas duas regiões ela consegui movimentação somada de 4,1 milhão de contêineres de 20 pés, volume 16,5% superior ao registrado em 2017. As receitas obtidas com as operações subiram 26,1% e ficaram em US$ 961 milhões, contra US$ 762 milhões no ano anterior.
“As condições de mercado na região da Austrália e Américas foram mistas, com forte crescimento de volume em Prince Rupert (Canadá) e Callao (Peru) e consolidação de Santos compensando a fraqueza em Buenos Aires (Argentina)”, divulgou a DP World em seu relatório. A consolidação em Santos foi citada entre os motivos da melhora de resultados como o aumento das receitas e do Ebitda ajustado.
No geral, a operadora portuária teve desempenho expressivo no ano passado. A receita cresceu 19,8% como um todo para US$ 5,6 bilhões e os lucros subiram 10,2% para US$ 1,2 bilhão. Ao comentar o aumento geral da receita, a DP World citou como impulsores as compras da Drydocks World e Dubai Maritime City, nos Emirados, da Cosmos Agencia Maritima, no Peru, e a consolidação de Santos.
O presidente e CEO do grupo DP World, Sultan Ahmed Bin Sulayem, afirmou que o resultado foi entregue em um ambiente comercial incerto. Ele destacou as aquisições e disse que serão feitas novas compras no futuro. “O ano em curso começou com o comércio em linhas com as expectativas, mas as perspectivas de curto prazo permanecem incertas, com guerra comercial e obstáculos geopolíticos. Esperamos que nossa carteira siga resiliente, com contribuição maior das recentes aquisições e investimentos”, disse.
A DP World adquiriu no final de 2017 a totalidade do terminal em Santos, do qual já detinha participação. Ela comprou a fatia adicional de 66,67% da Odebrecht e passou a ser única dona do negócio. Se trata da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), que passou a ser chamada de DP World Santos com a conclusão do negócio.