São Paulo – A economia dos países do Conselho de Cooperação do Golfo vai encolher 7,6% neste ano, segundo declaração do diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Oriente Médio e a Ásia Central, Jihad Azour (foto acima), durante um evento virtual nesta terça-feira (30). A notícia foi publicada no site do jornal saudita Arab News e em outras mídias da região.
O GCC é formado pelos países árabes Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein e Kuwait. A projeção para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) da região como um todo neste ano, divulgada por Azour, é de quase três pontos percentuais abaixo da estimativa feita anteriormente, em abril, pelo organismo financeiro.
De acordo com o Arab News, as economias cairão em graus variados em cada país do GCC, em função da desaceleração das atividades comerciais por causa da pandemia do coronavírus, somada à queda do preço mundial dos hidrocarbonetos, principal fonte de receita destes países. “A contração ocorrerá em todos os setores, petrolífero e não petrolífero”, disse Azour.
A economia saudita, que é a maior no mundo árabe, deverá ter queda de 6,8% neste ano, bem acima dos 2,3% previstos pelo FMI em abril. Autoridades sauditas, porém, disseram que esperam que a economia do país se saia melhor que as previsões do fundo, percebidas por eles como mais pessimistas do que as feitas pelo próprio país.
No mesmo fórum, o chefe do Banco Central do Bahrein, Rasheed Mohammed Al-Maraj, afirmou que a economia do seu país deve encolher segundo as previsões do FMI. Em abril, o organismo projetou queda de 3,6% para o PIB do Bahrein em 2020. De acordo com o executivo do FMI, outras regiões do mundo produtoras de petróleo terão quedas ainda maiores no PIB.