São Paulo – A egípcia Heba El-Sewedy recebeu o Prêmio Memorial Madre Teresa por Justiça Social de 2025, promovido pela organização não governamental Harmony Foundation, da Índia. A premiação é uma homenagem a pessoas e instituições que se destacam por ações humanitárias, sociais e solidárias, e é inspirada nos valores defendidos pela missionária católica Madre Teresa de Calcutá.
O prêmio é oficialmente reconhecimento pelas Missionarias da Caridade, congregação religiosa fundada por Madre Teresa, de acordo com informações publicadas no site de notícias do Vaticano, o Vatican News. Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979 e era conhecida mundo afora por seu compromisso com a paz e a dignidade humana. Falecida em 1997, ela foi canonizada como santa pela Igreja Católica.
Segundo as informações do Vatican News, a cerimônia em que o prêmio foi entregue ocorreu no domingo (21) em Mumbai, destacando a liderança humanitária de Heba El-Sewedy no fornecimento de cuidados a pessoas vítimas de queimaduras e o trabalho para dar a elas uma segunda chance de vida. Heba El-Sewedy é a fundadora e presidente da Ahl Masr Foundation, organização sem fins lucrativos do Oriente Médio e Norte da África dedicada ao cuidado, prevenção e pesquisa de traumas e queimaduras.
Durante os confrontos na Primavera Árabe, em janeiro de 2011, no Egito, El-Sewedy assumiu a responsabilidade de cuidar de 4 mil vítimas de queimaduras. Ela também ajudou feridos de guerra da Líbia. De acordo com as informações do Vatican News, além de ter criado a fundação, alguns anos depois a egípcia criou o Hospital Ahl Masr, especializado em queimaduras e com centro de pesquisas na área.
“Sinto-me profundamente honrada em receber o Prêmio Memorial Madre Teresa de Justiça Social, que me é particularmente caro por três razões. Primeiro, porque leva o nome de Madre Teresa. Sua vida nos ensinou que o verdadeiro serviço é medido não pela grandeza, mas pela sinceridade. Receber um prêmio com o nome dela é uma honra e uma responsabilidade que aceito com humildade”, falou El-Sewedy ao aceitar o prêmio, dizendo ainda que ele representa o reconhecimento de uma causa negligenciada – outra razão – e que chegou no aniversário do seu filho Ismail, falecido – mais uma das três razões, essa mais pessoal.
El-Sewedy foi reconhecida como líder humanitária. Outras personalidades também foram premiadas por diferentes vertentes dos seus trabalhos, entre eles Denis Mukwege, da República Democrática do Congo, pelo trabalho de apoio em saúde a vítimas de estupro e violência sexual, e Safeena Hussain, pelo trabalho para reduzir a desigualdade de gênero na educação e empoderamento de meninas na Índia.
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