São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira promoveu encontro empresarial Brasil-Egito na tarde desta terça-feira (05), em sua sede na capital paulista. O evento reuniu cerca de 50 empresários brasileiros com a delegação egípcia que está na cidade.
O secretário-geral da Federação das Câmaras de Comércio Egípcias, Alaa Eldin Esmat Ezz, falou sobre as oportunidades no país árabe tanto como hub de negócios como para exportação e finalização de produtos. Ele afirmou que o país precisa de investimento em infraestrutura e tem megaprojetos de construção em andamento. “Cerca de 60% de todo o comércio global passa pelo Canal de Suez e o Egito é uma porta de entrada para enviar produtos para toda a África por via terrestre”, ele enfatizou.
O Egito é um grande produtor de fertilizantes, azeitonas, alho, citros, têxteis, algodão, petroquímicos, entre outros produtos. O país árabe é o terceiro maior comprador de produtos brasileiros entre os países árabes, e importa principalmente carne bovina, frango, trigo e açúcar.
Participaram ainda a cônsul comercial do Egito em São Paulo, Nashwa Bakr, o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour, o diretor regional da Câmara Árabe no Cairo, Michael Gamal, que falou sobre os benefícios do acordo de livre comércio Mercosul-Egito, e o gerente de Inteligência de Mercado da entidade, Marcus Vinicius, que trouxe dados sobre o comércio entre os países.
Ao final, falaram o diretor de Atração de Investimentos da Invest Minas, Ronaldo Baquete, e o diretor de promoção de Exportações na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Marcelo Faria. Eles deram um panorama do estado, com os principais produtos e setores da economia. Minas é o maior produtor de café, leite e tomate do Brasil e tem grande relevância nos setores de mineração, metalurgia, automotivo, energia hidráulica e solar, biotecnologia e farmacêutica e tecnologia da informação. Segundo Baquete, os países árabes são a região mais estratégica para Minas Gerais, já que exportam muito minério de ferro e café para os árabes e precisam de seus fertilizantes para o agronegócio.
Após as apresentações, a Câmara Árabe assinou acordo de entendimento (MoU) com a empresa Egyzone para impulsionar a cooperação em serviços de digitalização e desenvolvimento de negócios, além de serviços de exportação e importação entre os países. Ao final, houve um café com networking promovido pela Cooperativa Agropecuária Boa Esperança (Capebe), que ofereceu seu café superior do Sul de Minas.