São Paulo – O Egito pretende ser autossuficiente na produção de vacinas contra a covid-19. A farmacêutica egípcia Pharco quer iniciar a produção da vacina russa Sputnik V antes do final do ano. O Egito também deve começar a fabricar a vacina chinesa Sinovac e está em negociações para produzir a britânica AstraZeneca. Há ainda pesquisa em andamento para desenvolver uma vacina egípcia. A notícia é do jornal egípcio Al Ahram.
De acordo com comunicado do Ministério da Saúde e da População do Egito, três milhões de doses de vacinas serão fabricadas diariamente em um novo complexo da Holding de Produtos Biológicos e Vacinas (Vacsera), uma empresa egípcia. O complexo foi estabelecido a um custo total de US$ 33 milhões e é a maior fábrica de produção de vacinas na região do Oriente Médio e Norte da África (Mena, na sigla em inglês). O local conta com oito laboratórios e capacidade para armazenar 150 milhões de doses nas devidas temperaturas.
O Ministério da Saúde egípcio informou que o complexo Vacsera deve produzir 40 milhões de doses da vacina chinesa Sinovac ainda este ano e2 milhões de vacinas dentro de um mês.
Cerca de dois milhões de pessoas foram imunizadas contra a covid-19 no país árabe desde fevereiro e mais 3,5 milhões se inscreveram para tomar a vacina. O número de centros de vacinação aumentou para 400 em todo o país, para atender ao aumento da demanda por vacinação.
O Ministério informou que o Egito visa, em um primeiro momento, a autossuficiência na produção de vacinas. Mais adiante, pode começar a exportar vacinas para países árabes e africanos.