Cairo – O Ministério do Setor de Empresas Públicas do Egito concluiu a elaboração do mapa de investimentos de suas empresas, que deverão ser oferecidas a investidores, seja diretamente a grandes investidores individuais, ou por intermédio da Bolsa de Valores do Egito, durante o corrente ano, como parte do programa de ofertas públicas anunciado pelo governo egípcio.
O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, anunciou a oferta de mais de vinte empresas. O objetivo da iniciativa é permitir a expansão de novas linhas de produção, aumentar o capital das empresas existentes e, dessa maneira, criar novas oportunidades de trabalho no Egito.
Mahmoud Esmat, ministro do Setor de Empresas Públicas do Egito (foto acima), disse que a carteira de investimentos inclui sete holdings, 75 empresas afiliadas e 263 joint-ventures. Elas operam nos setores de construção civil, desenvolvimento imobiliário, turismo, indústria, comércio e serviços financeiros não bancários, além de outras 34 atividades econômicas diferentes, com ativos de 208 bilhões de libras egípcias, cerca de US$ 6 bilhões pela conversão atual.
Esmat acrescentou que os lucros, no ano passado, das empresas afiliadas ao ministério, ascenderam a 13,5 bilhões de libras egípcias (US$ 445,6 milhões), graças ao programa de reforma e reestruturação e à estratégia de modernização do setor industrial e ao desenvolvimento das exportações, no âmbito do Documento da Política de Propriedade Estatal. O documento foi elaborado para delinear a política do estado em relação aos seus próprios ativos e traçar as operações futuras em relação à área.
O ministro explicou que o mapa de investimentos das empresas do setor público foi elaborado rigorosamente de acordo com o Documento da Política de Propriedade Estatal, para determinar os setores que estarão incluídos de forma total ou parcial, os projetos oferecidos ao setor privado e as modalidades de participação.
Esmat disse que existe um modelo que foi elaborado e apresentado ao setor privado através do ministério e suas empresas afiliadas, por parceiros comerciais como a iniciativa Start, lançada pelo governo para desenvolver a indústria egípcia, e o Fundo Soberano do Egito, além de outros ministérios e autoridades envolvidos. O modelo inclui projetos e estudos relacionados às empresas, sua localização e seu retorno econômico, tanto para o Estado quanto para o setor privado.
O ministro comunicou que foi concluído o processo de aumento da eficiência das empresas inseridas no programa de ofertas públicas do governo, seja na primeira fase, durante o primeiro semestre deste ano, seja na segunda fase, que começa em julho próximo. O processo ocorre na esteira da implantação do programa de gestão eficiente de ativos, de sua boa utilização e da maximização de seus resultados, especialmente quando se trata de ativos inexplorados.
Ele se referiu à introdução de novas indústrias e à expansão das indústrias estratégicas existentes, de acordo com a determinação do Estado para expandir as indústrias estratégicas, apoiando a manufatura local e a transferência para o país de modernas tecnologias.
O relatório anual da Bolsa de Valores do Egito, do qual a Agência de Notícias Brasil Árabe (ANBA) obteve uma cópia, previa que oito empresas seriam listadas na bolsa neste ano, incluindo seis empresas ligadas aos setores de petróleo e energia: Alexandria Mineral Oils Co. (AMOC), Sidi Kerir Petrochemicals Co. (SIDPEC), Engineering for the Petroleum & Process Industries (ENPPI), Assiut Oil Refining Company (ASORC), Middle East Oil Refining Company (MIDOR) e a Egyptian Methanex Company (E-Methanex), essa última para a produção de metanol.
O relatório do Fundo Monetário Internacional indicou que o Egito pretende vender neste ano ativos no valor de US$ 2 bilhões, para ajudar o país na entrada e demanda local por dólares.
Tradução do árabe de Georgette Merkhan