São Paulo – O Egito vem crescendo como parceiro comercial do Brasil, especialmente no agronegócio. As exportações brasileiras para o país árabe avançaram 70,7% no primeiro semestre em relação aos mesmos meses de 2023, as do agronegócio nacional cresceram ainda mais, 83,5%, e os egípcios se tornaram o maior destino dos produtos agrícolas e pecuários do Brasil na África no período.
Dados compilados junto aos sistemas Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e Trade Map mostram um avanço de 72,2% na corrente comercial entre Brasil e Egito no primeiro semestre deste ano, que foram para US$ 2 bilhões. Nesse número, US$ 1,67 bilhão é exportação brasileira e US$ 376,3 milhões são exportações egípcias ao Brasil. Nesse último caso, a alta foi de 79,5%.
Mas a grande pauta da exportação brasileira ao Egito é do agronegócio. Dos US$ 1,67 bilhão que o Brasil forneceu aos egípcios, US$ 1,31 bilhão foi produto do setor, ou seja, 78% do total. O país árabe é o 13º maior importador do agronegócio nacional. No mundo árabe, o Egito fica atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos como destino dos produtos agrícolas e pecuários produzidos por brasileiros.
Os produtos do agronegócio nacional que os egípcios mais adquiriram no primeiro semestre deste ano foram o açúcar, com 34,5% do total e crescimento de 166,8% sobre o mesmo período de 2023, seguido por soja em grãos, com 20,9% e alta de 323,15%, depois por cereais, farinhas e preparações, com fatia de 16,9% e crescimento de 73,15%, por carnes, com 12,2% do todo e queda de 34,94%%, e por produtos florestais, representando 4,17% com alta de 96,46%.
Alimentos egípcios
Apesar de ser grande produtor no segmento, o Brasil também importa produtos do agronegócio do Egito. No primeiro semestre deste ano, essas compras somaram US$ 80,3 milhões e cresceram 79% sobre os mesmos meses de 2023. Frutas responderam por 44,26% do total, produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos representaram 37,8%, fibras e produtos têxteis ficaram com 5,4%, chás, mates e especiarias tiveram fatia de 3,42% e sucos de 2,84%.
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