Cairo – Os agricultores e exportadores do Egito estão em busca de oportunidades para aumentar a participação no mercado internacional de ervas medicinais e aromáticas. O país árabe detém uma fatia pequena no setor ainda, mas produz ervas em volume abundante e de alta qualidade.
Duas instituições egípcias, o Conselho de Exportação para as Indústrias de Alimentos e a Câmara das Indústrias de Alimentos, em cooperação com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), estão trabalhando para desenvolver o segmento e aumentar a sua participação nesse comércio global.
A diretora de Exposições e Serviços para Membros do Conselho de Exportação para as Indústrias de Alimentos do Egito, Heba Sohail, disse que a entidade é encarregada principalmente de ajudar as indústrias egípcias de alimentos a aumentarem as exportações para mercados-alvo internacionais e também atua para desenvolver oportunidades de comercialização em novos mercados.
Produção no Egito
Segundo Heba, o conselho está trabalhando com vários projetos de suporte para indústrias de alimentos em diferentes segmentos voltados à exportação, entre eles o de ervas medicinais e aromáticas. O setor é um dos focos do trabalho da instituição neste momento. De acordo com a executiva, esse mercado movimenta US$ 5,4 bilhões globalmente, mas o Egito responde apenas por 1,78% do total.
Heba acredita que diante das oportunidades existentes, as exportações do Egito têm a possibilidade de atingir 7% desse mercado global. Isso se deve especialmente ao fato de que há uma série de produtos típicos do Egito, incluindo jasmim, manjerona, camomila, cominho, entre outros, aceitos em muitos mercados internacionais e já exportados pelo Egito a países como Estados Unidos, Alemanha e França.
Ela destacou a importância do projeto especial de desenvolvimento do setor que está em curso em cooperação e coordenação com a GIZ. Segundo Heba, existem padrões e requisitos que o conselho zelosamente exige das empresas egípcias associadas, a fim de garantir o fornecimento de produtos alimentícios seguros e de alta qualidade, que atendam aos requisitos e especificações internacionais. O objetivo é garantir a preservação da reputação dos produtos do Egito nos mercados externos.
Desafios e oportunidades
Myriam Fernando, diretora do Projeto de Inovação Agrícola financiado pela GIZ disse que existem dois desafios para os pequenos agricultores: a qualidade das ervas medicinais e aromáticas e o conhecimento a respeito das exigências do mercado global. Além dessas questões, é preciso seguir as etapas necessárias para o preparo dos produtos para exportação, tais como secagem, extração de óleos, entre outras.
Myriam acredita que há oportunidade de agregar valor às culturas desse setor, não somente nas grandes fazendas, mas também na produção de escala menor e entre os pequenos agricultores. Segundo ela, é importante promover o Egito e adequar as embalagens dos produtos do país aos padrões do mercado global e oferecê-las alinhadas com as tendências mundiais. A executiva vê também que é importante promover a cooperação entre várias partes para atingir o objetivo desejado.
Traduzido do árabe por Georgette Merkhan