São Paulo – Representantes do setor de lácteos de Minas Gerais se reuniram em evento virtual nesta quarta-feira (04) para debater oportunidades de exportação ao Egito. Tamer Mansour, secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, esteve no evento e apontou oportunidades para exportação de produtos de valor agregado. O encontro foi transmitido ao vivo e está disponível aqui.
A discussão fez parte de uma série de seminários promovidos pelo governo de Minas, por meio das secretarias de estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Desenvolvimento Econômico (Sede). Os eventos foram feitos em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg).
Entre as demandas dos árabes, Mansour destacou produtos processados, como o queijo. “Algumas oportunidades que observamos de produtos que podem ser exportados de Minas Gerais [para todos os árabes] são os queijos frescos, queijos de pastas, e leites e cremes de leite não concentrados. Especialmente para o Egito também há oportunidades, e tarifas do [acordo do Egito com] Mercosul, em queijos de pastas mofadas, leites e cremes de leite e outros leites e cremes de leite concentrados e adocicados”, afirmou Mansour, que também convidou os empresários a participar na rodada de negócios online promovida pela entidade e que terá os alimentos como foco.
A abertura do evento foi feita pelo embaixador do Brasil no Cairo, Antonio Patriota. Para o diplomata, o comércio vem evoluindo de maneira positiva. “As importações têm crescido significativamente, o que ajuda com que o setor privado egípcio se interesse mais na cooperação [com o Brasil] e a veja como mais complementar”, afirmou Patriota.
A própria economia do país árabe vem mostrando bons indicadores. “No campo econômico o Egito se destaca por estar em um grupo muito pequenos de países que não entrou em recessão na pandemia. Apesar do baque no turismo, o Produto Interno Bruto cresceu em quase 3% do ano passado, e deverá continuar positivo. Isso é demonstração da vitalidade da economia egípcia”, ponderou o embaixador.
A moderação foi de Alexandre Brito, da Fiemg. A diplomata Victória Balthar, conselheira na Embaixada do Brasil no Cairo, abordou os benefícios do Acordo Egito-Mercosul e possíveis vantagens competitivas. Também palestraram no evento a chefe do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em Dubai, Karen Jones, que tratou das ações de promoção para o mercado egípcio, e o adido agrícola do Brasil no Egito, César Teles, que falou sobre o perfil de consumo de produtos lácteos no país do Norte da África.