São Paulo – O Brasil exportou 506.225 sacas de 60 quilos de café ao bloco de países árabes no acumulado de janeiro a maio de 2023. O volume apontou para um aumento nas aquisições dos países árabes em 50,2% frente ao mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
No bloco, o Líbano segue sendo o principal comprador do produto brasileiro. Nos primeiros cinco meses deste ano, os libaneses importaram 80% mais café do Brasil do que no ano passado. Outros países também tiveram desempenho alto, como a Jordânia, que aumentou em 30% suas compras.
O Oriente Médio também teve aumento nas importações do produto brasileiro. Ainda entre janeiro e maio deste ano, a região comprou 35,4% mais café do País. “Nos países dessas regiões, há uma característica muito intensa de se consumir o café rio. E o Brasil é praticamente o único país que produz café arábica com essa característica de bebida, sendo um fornecedor leal e em quantidade a esses destinos”, disse, em anota, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.
Ano Civil
Nos valores do total exportado, no entanto, o País teve queda. De janeiro ao fim de maio de 2023, o Brasil exportou um total de 13,577 milhões de sacas, volume 19,3% inferior ao apurado nos cinco primeiros meses do ano passado. A receita cambial foi de US$ 2,958 bilhões, recuando 24,4% sobre o período anterior.
Segundo Ferreira, a colheita do produto no país se aproximava de 20% do previsto ao final de maio, ficando cerca de 10 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos. “Esse fato, aliado ao pouco café remanescente após safras menores em 2021 e 2022, afetadas significativamente por adversidades climáticas, lembrando que maio é o penúltimo mês da safra 2021/22, interfere nessa menor performance atual dos embarques”, explica.
Ele anota que, com o avanço da entrada dos cafés da temporada 2023/24, provavelmente haverá uma evolução nos volumes remetidos ao exterior pelo Brasil nos próximos meses. “O cinturão cafeeiro nacional não sofreu impactos do clima até o momento e as perspectivas são boas para a nova safra, com importadores demonstrando bastante interesse comprador por nossos arábicas”, conta.