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Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) – Os Emirados Árabes Unidos vão investir mais de US$ 10 bilhões para aumentar a produção diária de petróleo para 3,7 milhões de barris, informou o vice-gerente-geral da Abu Dhabi Liquefaction Company, (Adgas), Hasan Marzooqi.
No segundo dia da Conferência Anual de Energia, cujo tema central foi o segmento de petróleo no Golfo após a guerra no Iraque, Marzooqi disse: "As políticas de petróleo e gás dos Emirados foram elaboradas cuidadosamente para atender às necessidades domésticas e mundiais".
O país tem a terceira maior reserva de petróleo do mundo, de 98 bilhões de barris. O primeiro lugar é da Arábia Saudita (261 bilhões), seguida pelo Iraque (113 bilhões).
Para o presidente da norte-americana PFC Energy, Vahan Zanoyan, que também participou do evento, "o setor de energia dos países árabes enfrenta desafios estratégicos que envolvem realidades e pressões domésticas, regionais e globais".
No plano doméstico, afirmou o executivo, a principal pressão está ligada ao desenvolvimento econômico e ao peso que o setor de hidrocarbonetos deve ter no Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.
"Em todos os países do Golfo, o setor de hidrocarbonetos é tratado como uma fonte de recursos exógena, sem ligação com o restante da economia", avalia Zanoyan. "Mas nenhuma economia da região pode ser dar ao luxo de ignorar o potencial imenso da integração desse setor aos demais segmentos da economia".
O presidente da Fesharaki Associates Consulting and Technical Services, Fereidun Fesharaki, dos EUA, lembrou aa exportações para os países asiáticos.
"Por ter poucos recursos energéticos, a Ásia depende fortemente do Oriente Médio para fornecimento de petróleo. E agora começa a crescer a demanda também por gás natural".
Hoje, segundo ele, o Golfo exporta mais de 60% de sua produção de petróleo para a região da Ásia-Pácífico, e os países asiáticos compram 73% da commodity do Golfo. "E esse relacionamento deve aumentar", acredita Fesharaki.
"Há uma baixo uso per capita de petróleo e gás na Ásia, por isso, o consumo desses produtos na região tem capacidade para crescer a uma taxa anual de 3% nos próximos anos", declarou.