Isaura Daniel
São Paulo – Quem disse que, assim como o brasileiro, o árabe não gosta de dar uma esticada na rede? Uma empresa de Fortaleza, no Ceará, está provando que sim. A indústria Jobek começou no ano passado a vender as redes de descanso que fabrica para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O primeiro embarque, que, segundo o supervisor de exportações da empresa, Giovanni Rosas Salomão, funcionou como um teste de mercado, foi feito na metade do ano passado. Para este ano, a Jobek está negociando uma venda maior.
O cliente em Dubai, que fez a importação no ano passado e deve fazê-la novamente neste ano, é um distribuidor. Ele compra os produtos e depois os vende para o varejo local. As redes exportadas para os Emirados são top de linha, as mais luxuosas entre as produzidas pela Jobek. Os produtos fabricados pela Jobek são redes e redes cadeiras, também chamadas de redes suspensas, voltadas para decoração de residências, principalmente jardins. Elas são acompanhadas de suporte em madeira e metal.
As redes são feitas com algodão e também com um fio sintético chamado Duracord, ideal para ambiente externo por secar mais rápido e ser mais resistente ao sol e a chuva. A empresa também produz outros móveis sob medida para jardins. De acordo com Salomão, a Jobek vende redes, ao varejo ou atacado, com valores que vão de oito euros a 380 euros. A empresa fabrica cerca de duas mil redes por dia de setembro a abril, período que antecede o verão na Europa, e cerca de 800, também ao dia, entre maio e agosto.
A totalidade da produção da Jobek é exportada. A empresa, apesar de ter sua única unidade industrial instalada em Fortaleza, tem capital alemão. A Jobek exporta para mais de 90 países. Ela tem centros de distribuição na Alemanha, Itália e Canadá, além de distribuidores na França, Estados Unidos, Hungria, Holanda, Portugal, Grã-Bretanha, Suíça e Espanha. A fábrica em Fortaleza foi aberta há cinco anos. Antes disso, porém, a partir da sua base na Alemanha, a empresa importava as redes feitas por artesãos no Brasil.
Atualmente, metade das exportações da Jobek vai para a Europa. De acordo com Salomão, a rotatividade das redes no continente é grande, já que elas são usadas com fim decorativo. Quando muda a coleção, os consumidores europeus costumam também trocar as redes que usam em suas residências e jardins. No mercado brasileiro, a Jobek ainda não entrou.
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Site: www.jobek.com.br