São Paulo – O sarcófago de madeira pintada do padre Psamtik (foto acima) datado em 3.800 anos foi descoberto recentemente em uma tumba na região de Saqqara, no Egito, e é um dos maiores atrativos da Expo 2020 Dubai, em exposição no pavilhão do Egito. As demais peças expostas são réplicas, como a do busto dourado de Tutankamon. O pavilhão localizado no distrito Oportunidade tem como tema “Legado fortalecendo o Futuro” (Legacy empowering Future) e além de mostrar seu legado em objetos, arquitetura e vídeos contando sua história milenar, apresenta oportunidades de negócios nos setores comercial, portuário, de exportações, indústria de eletrônicos, fazendas de peixes e no Canal de Suez.
A ANBA foi recebida pelo chefe do Serviço Comercial do Egito e comissário-geral do pavilhão do Egito na Expo, Ahmed Maghawry Diab. “Nossa relação com o Brasil é muito sólida, temos um acordo de livre comércio com o Mercosul e temos tudo para melhorar o intercâmbio de exportações. Nós compramos principalmente açúcar e carne bovina do Brasil e exportamos fertilizantes, e há um grande potencial de crescimento nos setores de agricultura, maquinários agrícolas e produtos químicos”, disse Diab.
O comissário afirmou que o pavilhão reúne tudo o que o Egito quer apresentar para o mundo. “Estamos nos desenvolvendo e nos posicionando de uma forma diferente. Estamos posicionados em um lugar muito importante em termos de proximidade com a Europa e dos países africanos, e queremos fazer do nosso país um hub de comércio, transporte, serviços de logística, entre outros setores, com zonas econômicas mais eficientes”, disse.
O país árabe já conta com zonas industriais da Rússia e da Polônia, e está em conversas com a Itália e a Espanha, contou Diab. Ele informou que empresas brasileiras também podem se instalar nestes locais, principalmente dos setores de agronegócio, maquinários e petroquímicos. “Eu adoraria receber investidores brasileiros e mostrar a eles a região”, declarou.
Segundo ele, a mensagem que o Egito quer passar é simples. “Nós podemos não ter a maior tecnologia do mundo, mas temos uns aos outros e acreditamos em nós mesmos e no que nossos ancestrais construíram, e estamos trabalhando nisso para desenvolver o nosso futuro, com smart cities, energias renováveis e um bom sistema de saúde para a população”, disse, mencionando outros setores que o país está investindo para promover o bem-estar de seus cidadãos, como esportes, educação, cultura, indústria, entre outros.
No primeiro andar do pavilhão é possível interagir com terminais digitais repletos de informações sobre a história e o presente do Egito, como artes, cinema e literatura. Outra atração é um simulador de uma máquina do tempo que leva os visitantes a uma jornada que tem início em 2.500 a.C. até o presente e dá uma visão de um futuro moderno e tecnológico ao país em 2070. Segundo ele, ao final da exposição, o pavilhão será desmontado. “Quem quiser investir, estudar ou viajar ao Egito pode se informar sobre esses temas no nosso pavilhão”, disse.