São Paulo – A exportação de café brasileiro teve receita de US$ 570,6 milhões em novembro. Somando de janeiro a novembro, a receita acumulada é de US$ 5,4 bilhões, com crescimento de 5,9% na comparação com igual período de 2020. Já o volume embarcado recuou 10% nos 11 primeiros meses do ano, somando 36,6 milhões de sacas de 60 quilos. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgados nesta sexta-feira (10).
O desempenho positivo da receita se deve a um cenário de câmbio forte e elevados preços internacionais do café, segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda. “Temos vivenciado momentos de volatilidades muito altas no mercado, com as cotações se aproximando de níveis históricos em reais. O preço médio das exportações em 2021, de US$ 148,81 por saca, é o maior desde 2017. Aliado a isso, o dólar permanece fortalecido frente ao real, o que favorece o crescimento da entrada de recursos ao Brasil com as remessas cafeeiras”, explicou, em nota.
A queda no volume exportado é resultado dos gargalos logísticos no comércio marítimo global e da menor safra colhida pelo Brasil em 2021, segundo o presidente da entidade. “Diante da colheita mais baixa este ano, seguimos convivendo com disputa por contêineres, espaço nos navios, sucessivos cancelamentos de bookings, rolagens de cargas e fretes extremamente altos”, projetou. Mesmo diante das dificuldades recentes, Rueda diz que é válido destacar a resiliência e a inovação dos exportadores brasileiros de café.
Principais destinos
Entre janeiro e novembro, o Brasil exportou café para 121 países. Os Estados Unidos permanecem na liderança do ranking, a Alemanha está em segundo lugar, Itália em terceiro, Bélgica, em quarto, e Japão em quinto lugar. O volume embarcado para os países árabes caiu 24,6% no comparativo com o mesmo período de 2020. De janeiro a novembro de 2021, foram embarcadas 1,4 milhão de sacas. A receita de US$ 179 milhões foi 8,2% menor que a dos 11 primeiros meses do ano passado.