São Paulo – A Feira Internacional de Argel terminou neste domingo (23). A mostra teve participação do Brasil por meio de um estande organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pela embaixada do País na capital da Argélia. “É a 52ª edição da feira, uma feira que traz muita visibilidade para os países que participam, e o Brasil está num grupo seleto de países que estiveram presentes nesta edição”, comentou o embaixador brasileiro em Argel, Flávio Marega (dir., na foto acima), em mensagem de áudio à ANBA.
Ele agradeceu o apoio da Câmara Árabe na organização do estande. “A Argélia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio e Norte da África, de maneira que esta presença é muito importante, não só para dar continuidade aos negócios que já se fazem presentes no país, mas também para identificar novos importadores de produtos brasileiros”, destacou o diplomata.
A Argélia figura como segunda maior fornecedora do Brasil no mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita. O Brasil importou o equivalente a US$ 758 milhões da Argélia de janeiro a maio deste ano, um aumento de 12% sobre o mesmo período de 2018, de acordo com dados da Câmara Árabe. Os principais produtos da pauta são petróleo e fertilizantes.
Na outra mão, a Argélia está em quarto lugar entre os mercados do Brasil na região. As exportações brasileiras para lá somaram US$ 473 milhões nos cinco primeiros meses de 2019, um crescimento de 9,4% na mesma comparação. Os itens mais comercializados são açúcar, óleo de soja, milho, minério de ferro e carne bovina.
O embaixador ressaltou que o agronegócio tem uma importância muito grande no comércio bilateral, mas defendeu que o setor industrial também participe de eventos como a feira de Argel. Como exemplo, ele citou a indústria catarinense de motores elétricos WEG, que tem negócios na Argélia e teve produtos expostos na mostra.
Etiópia
No último dia da feira, o estande brasileiro recebeu a visita do embaixador da Etiópia em Argel, Amin Abdulkadir (C., na foto do alto), e de uma delegação de produtores de café do país africano.
Segundo a gerente de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar (esq., na foto do alto), o grupo queria saber mais informações sobre o setor cafeeiro no Brasil e discutir as possibilidades de cooperação técnica nesta área entre os dois países. Os etíopes também expuseram na mostra.
Quem falou sobre o café brasileiro para os etíopes foi a empresária Nádia Abdallah, que representou na feira a empresa Ortelan Café, do Espírito Santo.