São Paulo – A feira internacional de rochas ornamentais Middle East Stone, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, terminou nesta quinta-feira (06) e gerou mais de US$ 1 milhão em vendas para os expositores brasileiros, com expectativa de até US$ 5,8 milhões em negócios nos próximos doze meses. O evento contou com um público menor do que o do ano passado, porém, mais qualificado.
“Mesmo com a data melhor desse ano – a feira do ano passado aconteceu durante o Ramadã – o evento trouxe um número menor de visitantes, fizemos cerca de trinta contatos”, contou Henrique Tyrone Barbosa Macedo, diretor geral da Marcel Group, uma das 19 empresas de rochas que participaram do pavilhão brasileiro na feira, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Segundo ele, os árabes demonstraram muito interesse nos granitos para grandes obras ou decoração de interiores, como os modelos Giallo Fiorito, Soft Yellow, Sand River, White Spring e San Rafael Black. “Já exportamos para algumas empresas dos Emirados há cerca de quatro anos; mesmo com o movimento abaixo da nossa expectativa, acredito que a feira irá nos proporcionar uma ampliação dos negócios já existentes, e possíveis novos compradores, inclusive do Kuwait, a longo prazo”, informou Macedo (na foto acima, à esquerda, com o presidente da empresa, Marcel Fiorio).
Para Rafael Solimeo, executivo de negócios internacionais da Câmara Árabe, a feira realmente teve um movimento menor, mas segundo sua avaliação foi um público mais segmentado do que o do ano passado, ou seja, mesmo com menor movimento a feira ofereceu boas oportunidades de negócios.
“Percebemos que os empresários estão aprendendo cada vez mais a trabalhar a imagem dos produtos brasileiros para com os árabes; muitas empresas já tiveram reuniões promissoras durante o evento, e outras reuniões ainda devem acontecer nos próximos dias para finalizar pedidos”, contou Solimeo à ANBA.
Para Paulo Orcioli, vice-presidente da Abirochas, a Middle East Stone é uma porta de entrada para o Oriente Médio e a Ásia. A Associação participa há dois anos e pretende levar mais empresas brasileiras na edição de 2019 da feira. “Temos aqui dois públicos, um das rochas mais caras, que consideramos quase joias, que são os quartzitos, quartzos incolores e ametistas em chapas, e o outro que quer matéria prima para grandes obras, materiais mais homogêneos, que são os granitos tradicionais do Brasil; notamos bastante interesse também pelas pedras de piso de landscaping, principalmente nas cores cinza, amarela e branca”, revelou Orcioli.
“Muitos negócios poderão ser feitos daqui até a Dubai Expo 2020, e acredito que a presença do Brasil nesse setor será cada vez mais marcante e mais efetiva não só nos Emirados, mas em todo o Oriente Médio”, afirmou o embaixador do Brasil nos Emirados, Fernando Igreja, em visita ao pavilhão brasileiro na mostra.