Cairo – Acontece na capital do Egito, de 26 a 28 de janeiro, a 18ª Feira Internacional de Couro do Cairo, uma das grandes fontes de negócios para fábricas e varejistas de produtos de couro do Oriente Médio e África. A mostra engloba calçados masculinos, femininos e infantis, roupas, artesanatos, acessórios como bolsas, cintos e carteiras, além de uma série de outros itens produzidos com couro natural e similares.
O presidente da divisão de Couro da Câmara de Comércio do Cairo, Mohamed Mahran, afirma que a exposição é uma oportunidade para conhecer o melhor da indústria de couro, aprender sobre os últimos avanços do segmento e expandir o escopo de atividades, uma vez que são várias as áreas que a mostra abrange.
A feira atrai importadores de países africanos e árabes, assim como empresas exportadoras que agregam valor aos produtos no Egito. Segundo Mahran, para atender às preferências dos consumidores nesses países, que diferem parcialmente do Egito, o país conta com o grande e contínuo desenvolvimento da indústria de couros, permitindo a fabricação de produtos que atendam às necessidades dos mercados árabe e africano.
A divisão de Couro da Câmara de Comércio do Cairo negocia com algumas indústrias químicas italianas voltadas ao setor de curtumes, das quais dependem fabricantes do Egito, com o fim de fomentar investimentos industriais no mercado egípcio. O objetivo da iniciativa se enquadra na visão do governo do Egito de estimular a industrialização do país e reduzir a dependência das importações.
Ele explicou que a queda significativa no valor da moeda local, a libra egípcia, e a crise de escassez de dólares nos últimos anos conduziram a uma queda significativa no volume das importações egípcias de couro bruto, que era importado em grandes quantidades do Brasil, Estados Unidos e vários países africanos, incluindo o Sudão.
Mahran defendeu a necessidade da retomada da exportação egípcia de couro bruto e semimanufaturado, especialmente diante das políticas adotadas pelo governo para aumentar o ingresso de dólares no país. Ele enfatizou que apoia a abertura das exportações de couro bruto, mas faz ressalvas, entre elas que as empresas que operam no sistema de zona franca recebam um tratamento isonômico em relação às demais zonas industriais.
Tradução do árabe de Georgette Merkhan