São Paulo – O mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia da Argélia, divulgado nesta quinta-feira (14), estima que a economia do país do Norte da África irá crescer 4,2% neste ano, impulsionada, sobretudo, pelos setores de hidrocarbonetos, construção, indústria e serviços. A inflação, por sua vez, continuará elevada e deverá encerrar o ano em alta de 9,2%, pressionada pelos preços dos alimentos frescos (na imagem acima, bazar na capital, Argel).
Após visitar a Argélia entre 3 de dezembro e esta quinta-feira, uma missão do Fundo liderada por Chris Geiregat emitiu um comunicado com as principais conclusões sobre a economia local. Essas avaliações indicam, ainda, que o país deverá encerrar o ano com um déficit orçamentário de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB), devido, sobretudo, ao aumento de salários no setor público, transferências e gastos com investimentos.
Mesmo com os desafios que se apresentam à economia argelina, o Fundo entende que as perspectivas de curto prazo são “amplamente favoráveis” ao país. “O crescimento em 2024 deverá se manter robusto, a inflação deverá moderar e a conta corrente [do país] deverá registrar um pequeno superávit, uma vez que se espera que o preço dos hidrocarbonetos diminua ainda mais e que as importações possam crescer moderadamente”, afirma o comunicado assinado por Geiregat.
O Fundo prevê, ainda, que o déficit fiscal continuará a se expandir refletindo elevados custos com o salário do funcionalismo público, com transferências e investimentos públicos. A missão do FMI, afirma o comunicado, recomenda um “gradual” da política fiscal para conter o projetado aumento das necessidades de financiamento e dívida pública no médio prazo.