São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira participou como convidada pela primeira vez do Fórum de Negócios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, na sede da instituição, em Nova York. Estiveram na terceira edição, em 17 de julho, mais de duzentas empresas de 43 países.
Representando a Câmara Árabe foram Danielle Berini, analista de negócios, e Fernanda Baltazar, executiva de negócios internacionais. Segundo Baltazar, esta foi a única câmara de comércio participante no evento, que teve participação relevante tanto brasileira quanto de países árabes.
“Muitas empresas têm foco no desenvolvimento sustentável como estratégia de negócio, e pudemos perceber que ações que engajem o setor privado a alcançar os ODS podem ser lucrativas”, contou Baltazar.24
Segundo a executiva, a participação da câmara foi interessante porque foi possível acompanhar os painéis e entender melhor como os países e o setor privado estão engajados nos ODS, sua importância e como têm trabalhado essa temática. A partir das necessidades detectadas, a Câmara Árabe avaliará como pode auxiliar da melhor maneira possível.
“Também tivemos a oportunidade de fazer bons contatos durante o evento e entre as mesas, e era um objetivo nosso, a partir dessa participação, gerarmos uma agenda para dar andamento aos projetos junto às empresas”, disse Baltazar.
Diversos empresários brasileiros participaram das mesas de debates, contando seus casos de sucesso, como o grupo Boticário, a Sanasa Campinas, a Schneider Electric, a Natura, a Unilever e a usina hidrelétrica Itaipu Binacional.
“A Itaipu teve uma preocupação em trabalhar dentro de seu negócio e mostrar como isso pode ser lucrativo; já a Schneider demonstrou engajamento nos ODS e em trabalhar junto ao governo, pensando no público final, nas comunidades, no futuro e na responsabilidade social do setor privado, instruindo o pequeno empreendedor, e assim transformando a economia de linear para circular”, comentou a executiva.
O presidente do banco Albaraka, do Bahrein, Adnan Ahmed Yousif, disse em sua apresentação que não estava ali somente para financiar projetos, mas para entender a necessidade de cada empresa e dar um direcionamento adequado.
Para Baltazar, o papel da Câmara a partir desse evento é engajar mais empresas e passar as informações para o governo brasileiro, além de esta ser uma forma de unir os países, podendo gerar projetos em comum, para que todos possam trabalhar em conjunto no próximo ano.
“Foi muito importante como primeira participação para entender como o Brasil está posicionado perante o mundo nessas questões, como as empresas brasileiras se colocam; elas tiveram uma participação interessante em todos os painéis, contando seus casos, discutindo, tendo uma voz”, finalizou Baltazar.
