São Paulo – Os irmãos gêmeos Filipe e Lorenzo Barros começaram a aprender árabe sozinhos com apenas dois anos de idade. As crianças têm inteligência acima da média, com QI avaliado em 150 para Lorenzo e em 144 para Filipe. Hoje, aos seis anos, o interesse dos meninos pela cultura, bandeiras, geografia e música árabe só aumenta.
Os irmãos visitaram nesta quarta-feira (14) a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, na capital paulista. Por seu interesse, eles foram contemplados com uma bolsa de estudos do idioma pelo qual se apaixonaram quatro anos atrás. O curso será ministrado pelo Centro da Língua Árabe, com apoio da Câmara Árabe. As aulas acontecerão duas vezes por semana, de forma online. Na foto acima, a professora síria Yamam Saad dando as primeiras instruções aos novos alunos mirins.
As crianças foram recebidas por Osmar Chohfi e Silvia Antibas, respectivamente presidente e diretora de Cultura da Câmara Árabe. Além da mãe dos gêmeos Aline Barros, a avó Miriam Barros esteve na visita à Câmara Árabe.
Na ocasião, os irmãos também ganharam itens como o gibi Khalil, produzido pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras). A história em quadrinhos (HQ) é a primeira do Brasil a falar sobre o tema do Islã.
Embora não tenham ascendência árabe, os gêmeos consomem a cultura da região como se fosse passada de geração em geração. Eles têm playlists só com músicas de artistas da região, assistem desenhos animados no idioma no Youtube e pediam para que a mãe comprasse uma arte com o alfabeto árabe. “Não sei de onde eles tiraram esse interesse, mas aos dois anos começaram a aprender diversos idiomas. Os que permaneceram foram inglês e o árabe, que eles amam e foi o que mais nos chamou a atenção”, contou Aline Barros, mãe dos meninos, em entrevista à ANBA. “Até a festa de aniversário deste ano eles pediram para que fosse com tema árabe. Tivemos que fazer babaganuche, esfihas, comidas típicas”, revelou a avó.
Por suas altas habilidades, os dois também frequentam desde janeiro o Núcleo Paulista de Atenção à Superdotação. Lá, onde cada criança recebe um desenho único para representá-la no mural da instituição, os Barros ganharam a palavra ‘gêmeos’ escrita, claro, em árabe.
Aline procura, agora, por uma escola especializada em crianças com altas habilidades. “Estou buscando uma escola que possa dar essa atenção para eles, porque enquanto outras crianças vão aprender o alfabeto, eles já sabem escrever, então pode ser difícil”, explicou ela.