São Paulo – Os grandes produtores globais de alimentos já estão trabalhando hoje para os desafios de amanhã: alimentar uma população global de quase 10 bilhões de pessoas até 2050 com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Mediado pela diretora da Câmara Árabe, Claudia Yazigi Haddad, o CEO Talk com o tema “Segurança alimentar: uma parceria estratégica entre o Brasil e o mundo árabe” foi realizado nesta quarta-feira (21) como um dos eventos do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os CEOs de grandes empresas no Brasil e no mundo árabe destacaram o que estão fazendo para garantir que todos tenham acesso a alimentos sem que, com isso, se destrua a fonte deles: a natureza.
O CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou que a empresa está preocupada com a pegada ambiental e anunciou em setembro um fundo de até R$ 1 bilhão para apoiar produtores locais, conservação da floresta amazônica e em inovação por meio do projeto Juntos pela Amazônia. Além disso, ele observou que os países árabes são de importância crescente nos negócios da empresa.
“O mercado árabe é relevante e importante. Já exportamos US$ 13,7 bilhões por ano para a região e países do Mena (Oriente Médio e Norte da África, na sigla em inglês) são 13% das nossas exportações. É uma região relevante, importante e que cresce. Estamos avaliando com muito cuidado o desenvolvimento de uma plataforma de produção na região”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
CEO da Bayer no Brasil, Marc Reichardt afirmou que a empresa também está atenta aos desafios de se atender às demandas de alimentação de uma população crescente ao mesmo tempo em que cresce a necessidade de preservação. “Reforço o papel da inovação, sustentabilidade e colaboração intersetorial na transformação”, afirmou.
Ele observou que a empresa tem o objetivo de zerar emissões de gás carbônico em suas instalações, apoiar a redução destas emissões junto à cadeia de suprimentos, apoiar 100 milhões de pequenos agricultores e recompensar produtores rurais que também zerarem suas emissões de gás carbônico.
CEO da Tradeling, empresa dos Emirados Árabes que conecta produtores e distribuidores de alimentos, Muhammad Chbib afirmou, por sua vez, que, durante os períodos mais graves da pandemia, a empresa trabalhou para garantir o fluxo de alimentos e bebidas para países árabes que não conseguiam garantir o abastecimento. “Somos catalizadores para que empresas, consumidores e empresas de dentro e fora garantam que a cadeia produtiva funcione com o uso de tecnologias”, disse.
A Câmara Árabe promove o evento virtual com a parceria da União das Câmaras Árabes e Liga Árabe.
Na foto acima, Claudia (esq.), e na tela Reichardt (esq.), Chbib (centro) e Tomazoni (dir.).
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*Reportagem de Marcos Carrieri, especial para a ANBA